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02 novembro 2017

Fernando Pessoa e eu - outrora agora 5

Lá estava ela debaixo de tudo a rodopiar mas menos na minha mão para que eu pudesse brincar com ela, apertar, mastigar, e tudo o que uma criança conseguisse fazer com esse brinquedo. Eu tinha muitos brinquedos desses, de várias cores e feitios, mas havia um que me fascinava mais porque era colorido e com muitos efeitos. 

Estas bolas saltitonas fizeram parte da minha infância. Oiço, de manhã, o telefone a tocar e ponho-me à escuta para ouvir com quem a minha mãe falava e eu queria que todos os dias fosse apenas uma pessoa a ligar, e neste dia foi na verdade essa pessoa. A minha tia ligava a perguntar se podia deixar o meu primo Bernardo na minha casa enquanto ela ia trabalhar e eu esperava ansioso quando é que a minha mãe dizia sim. A partir daí o meu dia tornava-se ainda mais feliz. O Bernardo chegava e eu punha tudo a jeito para todas as brincadeiras que gostávamos de fazer e lá estavam as bolas que saltavam tanto e nós gostávamos tanto disso. Fazíamos corridas com elas, saltos, rodopios e tudo e mais alguma coisa.
O dia ia passando, já anoitecia e as risadas, descobertas, quedas estavam-se a acabar. Até que chegava a minha tia para levar o meu primo para casa e eu ficava feliz na mesma porque além de este dia ter sido incrível, haveria de vir um novo dia que seria com mais invenções e mais infância e aprendizagem pelo meio.
                                                                                           Diogo Cristo 12°B|02 novembro, 2017 12:01

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