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30 dezembro 2020

José Saramago e Memorial do Convento (vídeo)

(carrega na imagem para ver o vídeo)
« Como quer que me vista? 
— De preto.
— De preto, João?
— Sim.
[silêncio, como quem diz “o fotógrafo é louco!”]
— Mas pretos já são os vulcões… Bom, está bem.
E José Saramago vestiu-se de preto para a objectiva de João Francisco Vilhena. O fotógrafo não queria que o escritor se destacasse na paisagem, queria que se confundisse com ela, que se perdesse nela. E partiram, em passeio, para a zona do Parque Nacional de Timanfaya, Lanzarote, onde quase tudo é vulcânico. Faltavam poucos dias para Saramago receber o Prémio Nobel da Literatura em Estocolmo (10 de Dezembro de 1998).»

In  «Lanzarote – A Janela de Saramago», livro do fotógrafo João Francisco Vilhena,.com textos dos Cadernos de Lanzarote, de José Saramago

27 dezembro 2020

MEMORIAL DO CONVENTO 1

(Foto da Exposição retrospetiva da obra do escritor, Lisboa, Palácio da Ajuda, 2008)
 

Ler Memorial do Convento, de José Saramago, não é substituível por nenhuma outra atividade.
 
Nenhum livro fala melhor de outro livro que o próprio livro, lembrava-nos Italo Calvino.
Porque acreditamos num leitor inteligente e diligente (no qual o autor inteiramente confiou ao escrever este livro desafiante), queremos que ler, esquadrinhar, assinalar, anotar, comparar, comentar, reler tenham a primazia neste nosso percurso.
 
Depois, podemos partir para outras viagens.


(vê o vídeo)

"Além da conversa das mulheres, são os sonhos que seguram o mundo na sua órbita. Mas são também os sonhos que lhe fazem um coroa de luas, por isso o céu é o resplendor que há dentro da cabeça dos homens, se não é a cabeça dos homens o próprio e único céu". Que assim seja. (final do discurso na Academia sueca)
 

(Documento de atribuição do PRÉMIO NOBEL a JOSÉ SARAMAGO)

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16 dezembro 2020