O FUTEBOL
O que
mais me entristece é não poder reviver fisicamente acontecimentos da
minha infância. Saudades das malandrices, de partir os vasos das flores
mais bonitas da avó, de me trajar como um real jogador do Benfica.
Lembro-me
de um certo dia de iniciar esta minha paixão pelo clubismo e pelo
futebol. Como nasceu, eu não sei, só sei que cresceu e amadureceu dentro
de mim.
Sentimos
conforto quando fazemos o que gostamos, quando fazemos o que sentimos
ou quando fazemos o que sonhamos. De pequenino se torce o pepino e eu
achava que conseguia este mundo e o outro. A minha inconsciência era
fantástica pois não tinha medo de nada, o que me custou bem caro pelas
muitas vezes em que fui de queixo ao chão. Lembro-me de fazer os meus
primeiros amigos e como todos tentávamos ser melhores uns que os outros.
Era uma competição saudável e ríamos muito, principalmente com as
quedas do mais barrigudo. Era uma graça toda aquela união, era
fantástico o companheirismo e os espírito de luta de cada um.
Hoje
faço esta viagem no tempo e das coisas boas que ficam são os amigos e o
gosto pelo futebol; o resto ficou lá para trás, a preguiça
acentuou-se, e eu cansei-me de cair pois o mais barrigudo era eu.
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