Aqui segue a síntese desenvolvida em aula do tema: "Fernando Pessoa e a época em que viveu"
A época na história do Homem e dos portugueses em que F. Pessoa está presente (1888-1935) é uma época de grandes revoluções e avanços em todos os aspetos sociais, culturais e científicos. Monarquias deram lugar a Repúblicas, o telefone, rádio, primeira aeronave, fotografia, cinema são algumas das mudanças fulcrais deste tempo, a Grande Guerra, insulina, mudaram também a forma de encarar o mundo de Pessoa, da Europa e do mundo. Em Portugal a mudança fez-se sentir depressa, já quando nasce que em Portugal um descontentamento generalizado face á Monarquia enche as ruas, culminando no assassinato do Rei D.Carlos (1908) e à proclamação da república a 5 de outubro de 1910. Todavia, durante este período na vida de Pessoa este encontrava-se na África do Sul. Seu Pai morre em '93 e o seu irmão recém-nascido no ano seguinte, é também por esta altura que cria o seu primeiro heterónimo, Chevalier de Pas. Durante a sua juventude o inglês, lingua que utilizava na escola, e o francês, utilizava com sua mãe, tomam o holofote. Porém os seus planos de ir estudar para Oxford, apesar do seu génio académico, são destruídos, levando-o a dirijir-se a Lisboa. Em 1905 assenta, sozinho, na cidade e matricula-se na universidade, que rapidamente abandona. É por esta altura que contacta com obras de Cesário Verde e outros influenciadores do seu futuro trabalho. Acredita-se que neste período já tivesse um vasto portfólio de heterónimos, e em 1915 participa na revista Orpheu e na segunda e última edição da mesma, à qual dá direção. Desta altura até á sua morte, Fernando Pessoa transforma-se no pináculo do modernismo no séc. XX e com ele carrega um século de literatura portuguesa, culminando, a sua obra, com "Mensagem" o primeiro e último livro da sua autoria em 1934, um ano antes da sua morte.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, no dia de Santo António, razão pela qual possui o nome Fernando António. O seu pai, Joaquim Pessoa, era funcionário do Ministério da Justiça e escrevia crítica musical no Diário de Notícias. A sua mãe, Maria Madalena, dominava as línguas inglesa e francesa, tocava piano e escrevia versos, e foi ela que ensinou Pessoa a ler e escrever. Durante a grande parte da sua juventude Pessoa viveu na África do Sul, tendo possuído uma educação em língua inglesa, o que se veio a refletir no seu domínio da língua. Como estudante brilhante que era, o seu sonho era obter uma bolsa de estudo para estudar em Oxford ou Cambridge que não conseguiu, tendo regressado a Lisboa com 17 anos, por onde ficou até à hora da sua morte. Bastante desiludido com o ensino superior em Lisboa será um técnico comercial, tendo irrado de escritório em escritório e de casa em casa. Pessoa viveu numa época bastante atribulada, onde se registaram várias transformações político-sociais e tecnológicas. Entre finais do séc. XIX a !935, ocorreu o regicídio de D. Carlos (1908) em sequência do ultimato inglês (1890); a Implantação da República (1910); a 1ª Guerra Mundial entre 1914 e 1918, o aparecimento do fascismo na Europa, com o estabelecimento do Estado Novo em Portugal em 1933. Houve grandes avanços na ciência e na tecnologia ilustrados pelo aparecimento da penicilina, da energia elétrica, do cinema, rádio, registos áudio que permitiam aos vindouros uma imagem fiel da história e das ações humanas. Junto com Cesário Verde, que admirava, Pessoa foi o fundador da língua portuguesa moderna, e soube transcrever a sua experiência singular para uma obra universal construída sob a sombra de diversos heterónimos. Com a publicação da revista Orpheu, Pessoa e a restante Geração de Orpheu irromperam com o Modernismo em Portugal, movimento antitradicionalista e futurista, tendo sido recebidos em escândalo, o que contribuiu para a divulgação das suas ideias.
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Aqui segue a síntese desenvolvida em aula do tema: "Fernando Pessoa e a época em que viveu"
A época na história do Homem e dos portugueses em que F. Pessoa está presente (1888-1935) é uma época de grandes revoluções e avanços em todos os aspetos sociais, culturais e científicos. Monarquias deram lugar a Repúblicas, o telefone, rádio, primeira aeronave, fotografia, cinema são algumas das mudanças fulcrais deste tempo, a Grande Guerra, insulina, mudaram também a forma de encarar o mundo de Pessoa, da Europa e do mundo.
Em Portugal a mudança fez-se sentir depressa, já quando nasce que em Portugal um descontentamento generalizado face á Monarquia enche as ruas, culminando no assassinato do Rei D.Carlos (1908) e à proclamação da república a 5 de outubro de 1910. Todavia, durante este período na vida de Pessoa este encontrava-se na África do Sul. Seu Pai morre em '93 e o seu irmão recém-nascido no ano seguinte, é também por esta altura que cria o seu primeiro heterónimo, Chevalier de Pas. Durante a sua juventude o inglês, lingua que utilizava na escola, e o francês, utilizava com sua mãe, tomam o holofote. Porém os seus planos de ir estudar para Oxford, apesar do seu génio académico, são destruídos, levando-o a dirijir-se a Lisboa.
Em 1905 assenta, sozinho, na cidade e matricula-se na universidade, que rapidamente abandona. É por esta altura que contacta com obras de Cesário Verde e outros influenciadores do seu futuro trabalho.
Acredita-se que neste período já tivesse um vasto portfólio de heterónimos, e em 1915 participa na revista Orpheu e na segunda e última edição da mesma, à qual dá direção.
Desta altura até á sua morte, Fernando Pessoa transforma-se no pináculo do modernismo no séc. XX e com ele carrega um século de literatura portuguesa, culminando, a sua obra, com "Mensagem" o primeiro e último livro da sua autoria em 1934, um ano antes da sua morte.
Síntese sobre Fernando Pessoa (1888- 1935)
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, no dia de Santo António, razão pela qual possui o nome Fernando António.
O seu pai, Joaquim Pessoa, era funcionário do Ministério da Justiça e escrevia crítica musical no Diário de Notícias.
A sua mãe, Maria Madalena, dominava as línguas inglesa e francesa, tocava piano e escrevia versos, e foi ela que ensinou Pessoa a ler e escrever.
Durante a grande parte da sua juventude Pessoa viveu na África do Sul, tendo possuído uma educação em língua inglesa, o que se veio a refletir no seu domínio da língua.
Como estudante brilhante que era, o seu sonho era obter uma bolsa de estudo para estudar em Oxford ou Cambridge que não conseguiu, tendo regressado a Lisboa com 17 anos, por onde ficou até à hora da sua morte.
Bastante desiludido com o ensino superior em Lisboa será um técnico comercial, tendo irrado de escritório em escritório e de casa em casa.
Pessoa viveu numa época bastante atribulada, onde se registaram várias transformações político-sociais e tecnológicas. Entre finais do séc. XIX a !935, ocorreu o regicídio de D. Carlos (1908) em sequência do ultimato inglês (1890); a Implantação da República (1910); a 1ª Guerra Mundial entre 1914 e 1918, o aparecimento do fascismo na Europa, com o estabelecimento do Estado Novo em Portugal em 1933.
Houve grandes avanços na ciência e na tecnologia ilustrados pelo aparecimento da penicilina, da energia elétrica, do cinema, rádio, registos áudio que permitiam aos vindouros uma imagem fiel da história e das ações humanas.
Junto com Cesário Verde, que admirava, Pessoa foi o fundador da língua portuguesa moderna, e soube transcrever a sua experiência singular para uma obra universal construída sob a sombra de diversos heterónimos.
Com a publicação da revista Orpheu, Pessoa e a restante Geração de Orpheu irromperam com o Modernismo em Portugal, movimento antitradicionalista e futurista, tendo sido recebidos em escândalo, o que contribuiu para a divulgação das suas ideias.
Miguel Matias, 12ºA
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