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24 novembro 2023

Fernando Pessoa e eu - As minhas memórias de infância V



Quando crescer...

"Quando crescer eu quero ser como tu!" , "Quando crescer eu quero fazer isso"- dizia eu quando era uma criança.                                                                    
No entanto, quando cresci já só quis voltar a ser o meu "eu" da infância. Depois de conhecer o mundo de uma forma mais global, só quero voltar a poder olhar para ele com olhos inocentes, humildes, olhos que transmitiam entusiasmo e vontade de ir à descoberta. Estes olhos, pertencem a uma criança e já me pertenceram a mim, outrora.
                                                                                                                                    
A verdade é que a infância é a única fase da nossa vida onde podemos ser nós próprios, mostrar o nosso lado mais divertido, mas também o nosso lado mais vulnerável. Não temos medo do mundo, nem do que ele tem para nós.
                                                                                                                                  
Eu fui uma criança assim, feliz, sem medos, a ser eu própria. Conseguia estar sossegada durante horas e horas a brincar com as minhas bonecas, "às casinhas" e a vestir-lhes roupas e sapatos novos, como também conseguia estar horas a correr e sem parar quieta.
                                                                                                                                      
Os brinquedos da nossa infância são as únicas coisas que nos conseguem trazer um pouco do nosso passado e manter essa essência de "vida perfeita e feliz", pensarmos neles ou até tocarmos, traz de volta alguma paz e até conforto. Dá saudade, sim, mas também dá alegria, pensar que já fomos aquela criança que acordava a pensar em brincar, sem preocupações.
                                                                                                                                  
Se há coisa que eu nunca quero esquecer é a minha infância, e muito menos estas bonecas que fizeram de mim tão feliz durante um tempo. Elas fizeram de mim a pessoa que sou hoje e continuam a dar-me esperança de que é possível ter sonhos e viver sem medos.

Beatriz Antunes 12°A, 07 novembro, 2023 
 
Imagem: Revista Crescer
 












Gosto de acreditar que fui uma criança feliz
Os meus os pais, os meus avós e outros amigos 
da família contam-me histórias de coisas que fiz 
e que disse, de como eu era, de como falava e do 
que dizia.
Sei, por eles, que trocava muito os “C” pelos “T”, ou seja, ao invés de dizer “caixa”, eu diria “taixa”. Aparentemente, um dia, numa consulta, a médica, procurando averiguar isto, pergunta-me: “Então, diz-me: Como é que vais voltar para casa, como é que vieste até aqui?”, com o objetivo de me ouvir dizer “carro” mal. Eu, extremamente confiante, respondi. “De automóvel”. Devia ter perto de três anos.                                                                                                                             
Era muito faladora, dava conversa a toda a gente. Quando as senhoras mais velhas da minha terra me perguntavam a idade, respondia orgulhosamente “Seis anos e meio!”. Anunciava a quem me ouvisse que me tinha caído mais um dente de leite. Levava Barbies para a escola e brincava com as minhas amigas. Era absolutamente obcecada por desenhos animados como o Noddy e o Ruca.                                                                                                                                              Não me lembro concretamente de nada disto. São tudo memórias ou recordações de outras pessoas.
                                                                                                                                  
O meu pai sempre gostou de convidar os seus amigos a nossa casa. Muitos deles até fazem parte da família, muitos são primos indiretos, e têm filhos com idades próximas da minha. Como moramos todos muito perto, era sempre fácil combinar esses encontros. As festas de passagem de ano eram particularmente divertidas para mim. Juntava-me aos meus primos e jogávamos na Nintendo ou na Wii durante a noite toda. Lembro-me vivamente de jogar “Wii Party”, ”Mario Party” ou até mesmo ”Just Dance” com eles na minha garagem. Já depois da meia noite, o meu pai e um amigo dele vestiam-se de mulher, quase como uma matrafona e dançavam, para animar a festa. Talvez por serem acontecimentos mais recentes, mesmo tendo acontecido há mais de 6 anos.
 
  Acho que fui, então, quer nas recordações de outros, quer nas minhas, uma criança feliz.
 
 
Carlota A., 12ºA, 07 novembro 2023
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Mencionamos a infância e as primeiras coisas que vêm à cabeça, para a maioria das pessoas, são momentos de alegria e de diversão. Eu não sou diferente. Recordo-me de diversos momentos em que pensei que a vida não poderia melhorar de tão contente que estava.
 
Quando era pequena gostava de tantas coisas... alguns desses gostos permaneceram, outros "partiram". Eu adorava pintar e desenhar, as artes plásticas eram um mundo totalmente diferente no qual eu me perdia. A música fazia parte do meu dia a dia e eu dançava por horas para a minha enorme plateia, os meus peluches, principalmente o meu coelhinho (ele teve tantos nomes e todas as vezes que escolhia um, acabava por me esquecer dele dias depois); dançava tanto quanto o meu corpo deixasse e, até hoje, mantenho esse gosto pela música e não me imagino sem ela.
 
O meu coelhinho acompanhou-me durante a minha infância toda, foi o meu parceiro nos momentos bons e de brincadeira, mas também nos mais tristes e de agonia. Ele foi como um suporte durante o meu crescimento, um "ser" que me confortava e no qual eu me refugiava nos piores momentos, por isso ele é tão importante para mim.
 
Ao pensar na minha infância, vejo como a imaginação e a curiosidade levavam-me a diversas aventuras e descobertas. A despreocupação deixava-me viver com mais leveza e não tinha medo dos julgamentos por apenas ser eu como era. Talvez agora, tudo o que eu quero no presente é poder voltar ao passado.

S.M. 12ºA, 07 novembro, 2023
 
 

 

Bayblade: este brinquedo representa uma grande parte da minha infância, muita diversão e muitos bons momentos; na escola primária eu juntava-me com todos os meus amigos no intervalo e íamos para o alpendre, puxava-mos uma cadeira e brincávamos com os bayblades.

Na altura estes piões revolucionários eram uma febre devido á série que existia chamada “bayblade metal fury” e posteriormente “bayblade metal fusion”, quem via a série de certeza que queria ter um para poder se divertir e imitar os personagens.

Havia muitos momentos engraçados por exemplo quando o Bayblade se desmontava ou até quando partimos a cadeira em que jogávamos na escola.                                                                               

Foram bons momentos e ótimas recordações que este brinquedo me proporcionou e que levo para sempre no meu coração.                                                                                                                      

                                                                                                                              Vicente Lucas 12.ºA, 07 novembro, 2023


Palestra "Alergias Alimentares" na E.S. Henriques Nogueira

Realizou-se no dia 20 de novembro, no grande Auditório da Escola Secundária Henriques Nogueira, uma Palestra sobre o relevante tema das Alergias Alimentares.

A oradora foi Sofia Rubina Fernandes, especialista nesta área, fundadora e dinamizadora da Missão Arco-Íris. Para além das informações e alertas que transmitiu, deixou-nos ainda a sua experiência pessoal de responsabilidade e envolvimento cívico e social, através do voluntariado, das petições na Assembleia da República - que produziram alterações  legislativas - , no Parlamento Europeu e também junto de grande distribuidores alimentares.

A palestra foi organizada pela aluna Mariana Fonte, do Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde, da HN, no âmbito do desenvolvimento da sua Prova de Aptidão Profissional.


Os alunos das turmas participantes e os professores acompanhantes intervieram com muitas perguntas e puderam experimentar o manuseamento de caneta de adrenalina para intervenções de urgência para salvar vidas. Preencheram ainda questionários on-line antes e depois da intervenção da oradora, sobre o conhecimento/ compreensão do tema.




 Parabéns pela organização!


Fernando Pessoa e eu - As minhas memórias de infância IV

Tive muitos momentos felizes e menos felizes na minha infância, lembro-me mais dos menos felizes mas também tenho alguns felizes. Nomeadamente os dias a brincar no jardim de infância e a lutar com o meu, na altura, melhor amigo. Os tempos em que nos irritávamos um ao outro e que quando lutávamos era tudo na brincadeira. Mas ele não era o único com quem eu lutava, nos raros momentos em que o meu irmão não estava a fazer-me bullying estávamos a brincar ao wrestling, era a minha altura para ter vingança, nessa altura até o Trombudo, o meu elefante de peluche, era usado como arma e eu passava a vida a atirá-lo ao meu irmão, mesmo no meu dia-a-dia.                                                                                                              O Trombudo esteve sempre do meu lado durante grande parte da minha infância, por isso mesmo doeu muito mais quando alguém do jardim de infância decidiu atirá-lo para o telhado. Fui a chorar às auxiliares para pedir que o fossem resgatar mas elas não conseguiam, fiquei sem ele durante um ou dois anos, até que um dia foram limpar o telhado e devolveram-mo. Pelo menos um ano de chuva, vento e sol, mas depois de ir a máquina de lavar voltou ao seu estado original. Esse dia foi uma grande felicidade pois já estava certo que nunca mais o voltaria a ver e estava feliz de ter o meu amigo de volta.

S.C. 12°B, 02 novembro, 2023


Quando era miúda
, por mais traquina, teimosa e “independente” que fosse, nunca deixava o meu melhor amigo Tobias de parte, um peluche de um cão gigante que veio a dar nome ao meu futuro cão também, que curiosamente também era grande.
Passei toda a minha infância com ele, lembro-me até de uma vez em que ia viajar para fora do país com os meus pais e o Tobias teve que ficar em casa, então pedi à minha mãe para imprimir uma foto dele para andar sempre comigo. Contudo, só família mais próxima é que sabia o quanto eu gostava daquele peluche, não fazia questão de contar a nenhum amigo meu que o tinha, até o escondia quando iam à minha casa com medo que o roubassem.                                                                                                                                
Até hoje tenho um carinho enorme ao Tobias, uma vez que foi o meu melhor amigo durante anos e acompanhou muitos momentos meus, bons e menos bons.                                                                  
Inês Silvestre, 12B, 02 novembro, 2023
 


Outrora fui feliz
com um cão ao meu lado, um cão que tem alma de enchimento e olhos de plástico. Aquele cão que me acompanhou durante o meu primeiro acampamento, ficou todo molhado e sujo, mas mesmo assim nunca o larguei e ainda chorei baba e ranho quando cheguei a casa e a minha mãe pôs o meu peluche na máquina de lavar. De todas as histórias que eu tenho com o meu peluche a que mais gosto é a que cada vez que ia brincar com os animais da quinta do meu avô eu obrigava todos os outros animais (ovelhas, cabras, porcos, galinhas, entre outros) a brincar com a rosita (peluche) e assim eu passava o meu tempo na quinta. Até que houve um dia em que eu
estava ao lado do meu avô a brincar e deixei a rosita cair no poço, achava que iria ficar sem ela mas passou meia hora e o meu avô apareceu com ela toda encharcada.
Outrora agora ainda penso que naquela altura mais nada importava sem ser o meu peluche, ainda hoje ela se encontra no meu quarto a ver-me crescer e todos os dias olho e recordo-me que outrora fui feliz.                                                                                                                                                                                                                      
L. Neto 12°B, 02 novembro, 2023 

Fernando Pessoa e eu - As minhas memórias de infância III


A minha infância ou a criança que (hoje penso que) fui

Como quase todos nós, tive a oportunidade de ter uma infância marcada pelos sentimentos de alegria e rebeldia. Todos os dias eram uma nova aventura ou uma nova brincadeira, mas como tudo na vida, também houve dias mais chatos e aborrecidos.
Desde pequeno, como a minha avó me conta, eu adorava dançar, cantar e brincar, bem como era fanático por fazer construções de Legos e Playmobil e de abrir o meu próprio restaurante. 

Era um rapaz que ainda não conhecia o mundo dos jogos virtuais, até que no natal de 2013, recebi a minha primeira playstation, a playstation 3. O meu primeiro jogo para a ps3 foi o Fifa 13, um jogo ligado ao mundo do futebol que ainda hoje é jogado, obviamente na sua versão deste ano. Este jogo permite-te jogar online construindo uma equipa e levando-a a ganhar tudo e a todos, ou localmente, onde podes jogar contra os teus amigos em casa, levar a tua equipa favorita à glória ou até mesmo criares o teu próprio jogador e levá-lo a ser a próxima estrela mundial. Foi um jogo que, juntamente com o ingresso numa equipa de futsal local, me levou também a adorar o mundo do futebol e o mundo do desporto em si.

Posso dizer então que este objeto me abriu as portas a diversos mundos totalmente desconhecidos por mim e que me ajudou e fez passar horas e horas a fio de diversão e principalmente de muita concentração e desfrutação.

R.S, 12ºB

06 novembro, 2023

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Rafa. É o nome do peluche, uma girafa, que acompanhou toda a minha infância até à fase da adolescência. Esteve comigo em praticamente todos os momentos, desde as lembranças felizes e divertidas que tive, até mesmo às piores que me faziam triste e até mesmo chorar.  
 
Voltando agora atrás nas memórias que temos da nossa infância é incrível quando percebemos a paz, o conforto e a felicidade que “apenas” um peluche conseguia trazer-nos. Faz-me lembrar de quando acordava a meio da noite, no escuro do quarto, com medo, e a primeira coisa que fazia era apertar com toda a força que tinha, o peluche junto ao peito, como se estivesse a dar um abraço grande e apertado, e sentia de imediato aquela segurança, como se soubesse que não precisava de estar com medo porque não estava sozinha. 
 
Também me lembra dos momentos em que sorria, não me recordo de nenhum momento exato que me tenha marcado mesmo, mas lembro-me de ela estar sempre ao meu lado, algo que é possível ver nas fotos que me foram tiradas quando era pequena. Sei que me foi oferecida quando nasci e que a partir daí ficou sempre ao meu lado. Lembro-me de a levar para a escola sempre que pediam para levar um brinquedo, de a tapar na cama para não ter frio enquanto dormia comigo e de lhe vestir vestidos e saias das outras bonecas para que ela também se pudesse sentir linda como eu me sentia.
 
Como disse anteriormente, não tenho nenhuma memória “exata” de um “só” momento marcante, mas tenho vários vislumbres do meu tempo a brincar com ela. E especialmente, lembro-me das emoções de conforto, alegria e de diversões que ela me trouxe para a vida.

C.D. 12°B

07 novembro, 2023

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A minha infância foi um tempo muito marcante e que lembro com saudade, memórias que ficam “outrora agora” de uma época de muitas brincadeiras, inocência, felicidade... 

Há certos brinquedos, lugares, músicas ou até mesmo livros, que nos remetem para a nossa infância e fazem-nos reviver esse tempo tão especial. Tenho vários objetos importantes que me fizeram aprender muito nessa fase de inocência, destaco a minha bicicleta cor-de-rosa que foi-me oferecida pelos meus pais quando tinha 6 anos. A partir daí, a paixão pelo ciclismo começou. Como é óbvio, caí muitas vezes e fiquei a chorar “baba e ranho” com os joelhos todos esfolados mas, mesmo assim, não desistia e, no outro dia, lá ia eu outra vez andar na minha “bicicletazinha”...

Vetor padrão vetorial perfeito de bicicleta plana e coração

 
Os meus pais podem nem se ter apercebido, mas aquele simples presente ensinou-me vários valores que se tornaram essenciais na minha vida, tais como: a resiliência, a liberdade, o amor pela natureza e que devemos lutar sempre pelos nossos sonhos.

Mariana, 12.ºB

 07 novembro, 2023

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A minha infância ou a criança que (hoje penso que) fui

No dia
em que fiz três anos, recebi de prenda dos meus pais o Marty, nome inspirado na minha personagem favorita do filme "Madagáscar".
O Marty é uma pequena zebra bebé, branca com riscas pretas. Psicologicamente associava o Marty à personagem do filme, uma zebra amigável, divertida, de espírito livre e pronta para novas aventuras. 

Este peluche acompanhou-me em diversos momentos da minha vida, inclusive quando fui operada, com quatro anos. Nesta operação tanto a minha mãe como Marty não puderam entrar para a sala de operações, mas quando eu saí eles estavam lá à minha espera e senti-me logo mais reconfortada. 

A memória da minha operação é a mais marcante da minha infância, após isso lembro-me deste peluche em situações felizes, como ir de férias, ir à praia ou mesmo brincar.

Nos dias de hoje quando falamos em peluches pensamos automaticamente em felicidade, o mesmo acontece com a infância, apesar de ambas terem altos e baixos tal como qualquer outra relação ou fase da vida. Os brinquedos servem para isso mesmo, para abraçar quando temos medo e para brincar e dormir quando estamos bem.

Rita A. 12ºB

07 novembro, 2023

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Um dos meus brinquedos de infância era um urso branco com orelhas, patas e olhos rosa, ele era um dos muitos brinquedos que a minha irmã tinha no quarto que partilhávamos. Lembro-me de horas tardias, eu na cama de cima ela na cama de baixo, a fazer luta de brinquedos, que era o resultado de quando um de nós não se parava de mexer enquanto o outro estava a tentar dormir, e lembro-me deste brinquedo ser um dos meus preferidos pois, era pequeno, fácil de atirar e mesmo sem muita pontaria, eu acreditava que acertava sempre. 

Outro dos meus brinquedos era uma bola de pelo verde com olhos, este não é tão antigo quanto o primeiro, mas foi um que um amigo meu me obrigou a comprar em conjunto, e lembro-me do meu amigo insistir imenso que queria ficar com o roxo; ironicamente, a pessoa que refiro já não sabe onde o seu brinquedo está. As memórias que associo ao brinquedo são a discussão no meio da loja e a infância que passei em conjunto com esta pessoa.

I.M. 12 B