O que em Os Lusíadas é acção/história, na Mensagem é ideal/mito.
Parte de um núcleo histórico concreto e de personagens com existência histórica (como Os Lusíadas), mas o que interessa ao poeta, o que une todos esses “heróis” (ganhadores ou perdedores), é:
- o seu lado ideal e mítico
- o cumprimento de uma missão maior a que foram chamados
- a “febre d’Além”
- a grandeza de alma insatisfeita
- o sonho que eleva a humanidade acima da “besta sadia”.
Tem por base a ideia mítica do destino (ou desígnio) dos povos para determinadas missões:
“Deus ou os deuses talharam o destino dos povos.”
(J. Prado Coelho)
A Mensagem representa o “elogio do Português, desvendador e dominador de mundos”, enquanto ideal, procura de Absoluto.
O Império Português do Século XVI é visto como um “obscuro e carnal arremedo” desse outro Império Espiritual por achar:
“Cumpriu-se o Mar, e o império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!”
A situação de Portugal do seu tempo:
“uma época da pátria em que havia minguado a estatura nacional dos homens (...) um presente infeliz”
Um tempo de “inquietação e angústia”
“Ó Portugal, hoje és nevoeiro...” (Nevoeiro)
“Este fulgor baço da terra/Que é Portugal a entristecer - /Brilho sem luz e sem arder” (Nevoeiro)
A força do espírito
“O esforço é grande, o homem é pequeno”
“A alma é divina e a obra é imperfeita.”
( O Padrão)
“contra as artes e as forças do espírito não há resistência possível”
“Todo o império que não é baseado no Império Espiritual é uma Morte de pé, um Cadáver mandando.”
Mensagem e o Modernismo
http://www.prof2000.pt/users/hjco/mensagem/
Análise de poemas (não perder muito tempo; só para confirmar algum aspecto)
http://www.umfernandopessoa.com/analise-poemas-mensagem.htm
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