Assim:
No poema conjugam-se algumas das temáticas, das linhas de força da poesia do FP ortónimo, de que se destacam:
- a estranheza e o desconhecimento do sujeito em relação a si, ao próprio ser em cada momento; a procura incessante do «eu»
- a tensão/o binómio saber (pensar)/sentir
- a existência (ou a conscência dela) como engano/logro; repara nas palavras que remetem para engano: erro (nome), erro (verbo), parece, lapso, ilusões, fantasmas
- a negação do ser como limitado, contido fixo - "não tenho ser nem lei"; repara nos adv. de negação, de exclusão, etc: não, ninguém, nada, nem...
Relembra a este propósito o poema analisado em aula e registado no caderno:
Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.
Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?
Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.
Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.
- O sonho associado ao dormir (Durmo/Dorme) - enquanto espaço de evasão, de insciência (= ausênciad e ciência, de conhecimento; ignorância); relembra:
Sonhar é esquecer e esquecer não pesa.
- a solidão/afirmação de liberdade (e/ou de abandono?) - "coração de ninguém"
Bom trabalho!
1 comentário:
Patrícia, Bruno,Filipe, Luís Gonçalo, Rui,Sebastião (acho que esqueci alguém...Emanuel?)
Tenho estado por aqui, como vos prometi. Não chegaram dúvidas.
Agora é hora de descansarmos.
Espero que tenham treinado.
Boa sorte!
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