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24 janeiro 2012

Linguagem - figuras de estilo

A pedido de vários alunos aqui fica um breve lembrete relativo a Figuras de Estilo, com exemplos de F. P.

. Metáfora – Autopsicografia – “Gira, a entreter a razão/Esse comboio de corda/Que se chama coração
. Oxímoro – Tudo que faço ou medito – “Não o sei e sei-o bem”
. Perífrase – Autopsicografia – “Os que lêem o que escreve” (os leitores)
. Antítese – . Isto – antítese: sentimento (coração) – pensamento (razão)

. Adjectivação – . Ela canta pobre ceifeira – “pobre”; “feliz”; “anónima”; “alegre”

Relembro, igualmente, a natureza das figuras seguintes, para os - digamos - menos atentos (leia-se estudiosos)

. Aliteração – repetição do(s) fonema(s) inicial(ais) consonântico(s) de várias palavras dispostas de modo consecutivo.

. Isto – “Eu simplesmente sinto/Com a imaginação/Não uso o coração”

. Apóstrofe – ou invocação consiste na nomeação apelativa de chamar ou invocar pessoas ausentes, coisas ou ideias.

. Ela canta pobre ceifeira – “Ó Céu! Ó campo! Ó canção!...”

. Pleonasmo – consiste na redundância. Esta existe quando, a nível semântico, há a repetição do mesmo significado por dois significantes diferentes na mesma expressão.

. Ela canta pobre ceifeira – “Entrai por mim dentro!”

. Hipálage – consiste na transferência de uma impressão causada por um ser para outro ser, ao qual logicamente não pertence, mas que se encontra relacionado com o primeiro.

. O menino de sua mãe – “No plaino abandonado”  ou
"(...) cigarreira breve"
(o jovem é que está abandonado; a vida do jovem é que foi breve)
. Gradação – consiste na apresentação de vários elementos segundo uma ordenação, que pode ser ascendente/crescente ou descendente/decrescente.

. O menino de sua mãe – “Jaz morto, e arrefece/Jaz morto, e apodrece


O mais importante - é abrir os ouvidos, o pensamento, o coração ... e, em cada poema, perceber o que é novo e relevante, explicitando os sentidos.



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