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10 novembro 2020

Fernando Pessoa e «eu» - memórias de infância: o "Arturo"

Desde sempre e como era hábito, a minha família ia às feiras medievais, especialmente à de Óbidos. Foi lá que comprei o “Arturo” - o nome que dei ao meu novo amigo, um apito em formato de pássaro, de barro que, quando mergulhado em água, ao soprar pela abertura dava um som bonito de um pássaro real, como se se tratasse de um assobio cantado. 

Fiquei fascinada, ainda por mais nunca soube assobiar, então o Arturo era, portanto, um elemento que sempre me acompanhou para realizar esse desejo que tinha. 

Era também como um “walkie-talkie” pois, por sorte, eu e o meu irmão mais novo sempre tivemos uma relação de grande união e por isso, sempre que íamos passear cada um de nós levava um para o caso de incidentes inesperados (o que era muito habitual do meu irmão) ou então só mesmo para chamarmos a atenção, pois éramos muito orgulhosos do nosso apito, e - como qualquer criança - fazer barulho era o que melhor sabíamos fazer.

C. de Sousa, 12ºB

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