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24 novembro 2023

Fernando Pessoa e eu - As minhas memórias de infância IV

Tive muitos momentos felizes e menos felizes na minha infância, lembro-me mais dos menos felizes mas também tenho alguns felizes. Nomeadamente os dias a brincar no jardim de infância e a lutar com o meu, na altura, melhor amigo. Os tempos em que nos irritávamos um ao outro e que quando lutávamos era tudo na brincadeira. Mas ele não era o único com quem eu lutava, nos raros momentos em que o meu irmão não estava a fazer-me bullying estávamos a brincar ao wrestling, era a minha altura para ter vingança, nessa altura até o Trombudo, o meu elefante de peluche, era usado como arma e eu passava a vida a atirá-lo ao meu irmão, mesmo no meu dia-a-dia.                                                                                                              O Trombudo esteve sempre do meu lado durante grande parte da minha infância, por isso mesmo doeu muito mais quando alguém do jardim de infância decidiu atirá-lo para o telhado. Fui a chorar às auxiliares para pedir que o fossem resgatar mas elas não conseguiam, fiquei sem ele durante um ou dois anos, até que um dia foram limpar o telhado e devolveram-mo. Pelo menos um ano de chuva, vento e sol, mas depois de ir a máquina de lavar voltou ao seu estado original. Esse dia foi uma grande felicidade pois já estava certo que nunca mais o voltaria a ver e estava feliz de ter o meu amigo de volta.

S.C. 12°B, 02 novembro, 2023


Quando era miúda
, por mais traquina, teimosa e “independente” que fosse, nunca deixava o meu melhor amigo Tobias de parte, um peluche de um cão gigante que veio a dar nome ao meu futuro cão também, que curiosamente também era grande.
Passei toda a minha infância com ele, lembro-me até de uma vez em que ia viajar para fora do país com os meus pais e o Tobias teve que ficar em casa, então pedi à minha mãe para imprimir uma foto dele para andar sempre comigo. Contudo, só família mais próxima é que sabia o quanto eu gostava daquele peluche, não fazia questão de contar a nenhum amigo meu que o tinha, até o escondia quando iam à minha casa com medo que o roubassem.                                                                                                                                
Até hoje tenho um carinho enorme ao Tobias, uma vez que foi o meu melhor amigo durante anos e acompanhou muitos momentos meus, bons e menos bons.                                                                  
Inês Silvestre, 12B, 02 novembro, 2023
 


Outrora fui feliz
com um cão ao meu lado, um cão que tem alma de enchimento e olhos de plástico. Aquele cão que me acompanhou durante o meu primeiro acampamento, ficou todo molhado e sujo, mas mesmo assim nunca o larguei e ainda chorei baba e ranho quando cheguei a casa e a minha mãe pôs o meu peluche na máquina de lavar. De todas as histórias que eu tenho com o meu peluche a que mais gosto é a que cada vez que ia brincar com os animais da quinta do meu avô eu obrigava todos os outros animais (ovelhas, cabras, porcos, galinhas, entre outros) a brincar com a rosita (peluche) e assim eu passava o meu tempo na quinta. Até que houve um dia em que eu
estava ao lado do meu avô a brincar e deixei a rosita cair no poço, achava que iria ficar sem ela mas passou meia hora e o meu avô apareceu com ela toda encharcada.
Outrora agora ainda penso que naquela altura mais nada importava sem ser o meu peluche, ainda hoje ela se encontra no meu quarto a ver-me crescer e todos os dias olho e recordo-me que outrora fui feliz.                                                                                                                                                                                                                      
L. Neto 12°B, 02 novembro, 2023 

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