Introdução
Obama no início do discurso procura
criar cumplicidade e seduzir o auditório referindo-se ao sacrifício que fazia
para estudar, à falta de recursos financeiros; «Também conheço essa sensação»; «Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extra,
segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.»; mostra ainda a sua compreensão
perante o facto de as férias dos alunos terem terminado e estes se encontrarem
de regresso às aulas. «Mas, estejam em
que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e
já não poderem ficar até mais tarde na cama.»
Tema: Educação e
o que se espera de cada aluno no novo ano lectivo.
Tese: Responsabilidade de cada
aluno na sua educação. A tese volta a ser retomada de novo «É por isso que hoje me dirijo a cada um de
vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e
para que faça tudo o que for preciso para os alcançar.»
Linhas de força/ideias centrais
Responsabilidade: Uma das ideias fortes que Obama transmitiu foi a capacidade
de assumir a responsabilidade pelos estudos e o esforço por alcançar os
objectivos de cada um. Refere claramente que escolham o que escolherem fazer na
vida, não será possível a não ser que estudem e que é essencial estabelecer
objectivos.
Capacidades: Obama refere também que todos têm capacidades, e que cada
um tem de as desenvolver, esta é também uma ideia forte no seu discurso.
Reforça esta ideia utilizando um exemplo em que enumera as diversas capacidades
que cada um pode ter, esta enumeração exprime o pensamento do orador, segundo o
qual só estudando será possível descobrir e desenvolver o talento que cada um
possui.
País: Outra ideia forte é o relevo que Obama dá à importância dos estudos e
das decisões de cada um para o futuro do país; ao longo do discurso refere
várias vezes país de modo a reforçar esta ideia; «Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país
estaremos à altura dos desafios do futuro.»; «se
abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao
vosso país.»: «Somos nós que
fazemos o nosso futuro.»; «Quando
desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.»
Outra linha de força é o facto de não
haver desculpas para não estudar.
E como conteúdo central temos ainda
o facto de que será muito difícil alcançar os objetivos, mas algumas das
pessoas mais bem sucedidas do mundo são as que mais fracassaram.
Argumentação
Arg. Obama
argumenta afirmando a importância do estudo, do trabalho e da aprendizagem; e
que só alcançarão os seus objetivos estudando.
Contra-arg. O orador
contra-argumenta com a dificuldade de os alunos obterem bons resultados
escolares «Eu sei que não é fácil ter
bons resultados na escola.», Devido a dificuldades e problemas pessoais
(falta de oportunidades, de orientação e acompanhamento…).
Exemplo que sustenta o contra-arg. O orador
apresenta o seu exemplo pessoal, o de alguém que foi criado com dificuldades
pela mãe, após ter (em) sido abandonado (s) pelo pai, e que sentiu também
dificuldades nos seus estudos. Utilizou um argumento por experiência própria.
Refutação do contra-arg. Como
refutação utilizou o exemplo de Michelle Obama.
Arg. O esforço e o estudo de cada aluno são muito
importantes para a sua realização pessoal, para o seu futuro. O esforço
individual de cada aluno contribuirá, igualmente, para o desenvolvimento do seu
país, graças aos conhecimentos e às competências adquiridas no presente, na
escola.
Contra-arg.2Explica que
as dificuldades da vida pessoal não facilitam o estudo e que por vezes é
difícil realizar esta tarefa.
Refutação do contra-arg. O orador afirma que as circunstâncias da vida pessoal não
servem de desculpa para a falta de estudo. E acrescenta que cada um, em razão
da sua conduta e do seu esforço, constrói o seu destino.
Exemplo: Obama
apresenta 3 jovens como exemplo, jovens que se depararam com dificuldades na
vida e que conseguiram superá-las com esforço, não desistiram. Jazmin não sabia
falar inglês, vinha do Texas, no entanto estudou muito, teve boas notas, ganhou
uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown e atualmente está a estudar
saúde pública. Andoni Schultz ainda muito jovem descobriu que tinha um tumor
cerebral e foi sujeito a muitos tratamentos que lhe afectaram a memória, no
entanto, apesar de ter de estudar muito mais que os outros nunca perdeu um ano
e entrou na faculdade. E ainda Shantel Steve que embora tenha saltado se
família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, arranjou um
trabalho num centro de saúde e está prestes a acabar o secundário.
Contra-arg. à reafirmação da tese («É por isso que hoje me dirijo a cada um de
vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e
para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso
objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas
ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. ») A
televisão fomenta a crença no sucesso fácil, na obtenção de riqueza e sucesso
sem trabalho (“Eu sei que muitas vezes a
televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de
trabalhar…”).
Refutação do contra-arg. Obama afirma que o sucesso é difícil de
alcançar, pois exige persistência e aprendizagem com os falhanços. Só desta
forma é possível superar os insucessos e prosseguir.
Exemplos utilizados para sustentar
a refutação. Obama refere que os exemplos de J. K. Rowling, que viu a
publicação do primeiro livro da série Harry Potter ser rejeitado doze vezes, e
do basquetebolista Michael Jordan, que fez das suas falhas e dificuldades um
trampolim para o sucesso, persistindo e nunca desistindo (“Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui
bem-sucedido.”). No fundo, eles aprenderam com os erros, voltando a tentar
e agindo de forma diferente, para não incorrerem no mesmo erro.
Exortação: O orador
exorta os alunos a questionarem, a procurarem ajuda, para crescerem e
evoluírem.
Conclusão
Na conclusão é feito um resumo dos
argumentos desfilados ao longo do discurso, em forma de apelo, destacando o
esforço do governo para melhorar as condições de aprendizagem e a necessidade
de os alunos se empenharem. Por outro lado, o orador apela aos estudantes que
se esforcem e empenhem, para que as suas famílias e o país possam orgulhar-se
deles.
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