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04 outubro 2013

Argumentos, refutação, contrargumentos...

Introdução
Obama no início do discurso procura criar cumplicidade e seduzir o auditório referindo-se ao sacrifício que fazia para estudar, à falta de recursos financeiros; «Também conheço essa sensação»; «Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extra, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.»; mostra ainda a sua compreensão perante o facto de as férias dos alunos terem terminado e estes se encontrarem de regresso às aulas. «Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.»
Tema: Educação e o que se espera de cada aluno no novo ano lectivo.
Tese: Responsabilidade de cada aluno na sua educação. A tese volta a ser retomada de novo «É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar.»
Linhas de força/ideias centrais
Responsabilidade: Uma das ideias fortes que Obama transmitiu foi a capacidade de assumir a responsabilidade pelos estudos e o esforço por alcançar os objectivos de cada um. Refere claramente que escolham o que escolherem fazer na vida, não será possível a não ser que estudem e que é essencial estabelecer objectivos.
Capacidades: Obama refere também que todos têm capacidades, e que cada um tem de as desenvolver, esta é também uma ideia forte no seu discurso. Reforça esta ideia utilizando um exemplo em que enumera as diversas capacidades que cada um pode ter, esta enumeração exprime o pensamento do orador, segundo o qual só estudando será possível descobrir e desenvolver o talento que cada um possui.
País: Outra ideia forte é o relevo que Obama dá à importância dos estudos e das decisões de cada um para o futuro do país; ao longo do discurso refere várias vezes país de modo a reforçar esta ideia; «Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.»; «se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.»: «Somos nós que fazemos o nosso futuro.»; «Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.»
Outra linha de força é o facto de não haver desculpas para não estudar.
E como conteúdo central temos ainda o facto de que será muito difícil alcançar os objetivos, mas algumas das pessoas mais bem sucedidas do mundo são as que mais fracassaram.
Argumentação
Arg. Obama argumenta afirmando a importância do estudo, do trabalho e da aprendizagem; e que só alcançarão os seus objetivos estudando.
Contra-arg. O orador contra-argumenta com a dificuldade de os alunos obterem bons resultados escolares «Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola.», Devido a dificuldades e problemas pessoais (falta de oportunidades, de orientação e acompanhamento…).
Exemplo que sustenta o contra-arg. O orador apresenta o seu exemplo pessoal, o de alguém que foi criado com dificuldades pela mãe, após ter (em) sido abandonado (s) pelo pai, e que sentiu também dificuldades nos seus estudos. Utilizou um argumento por experiência própria.
Refutação do contra-arg. Como refutação utilizou o exemplo de Michelle Obama.
Arg.  O esforço e o estudo de cada aluno são muito importantes para a sua realização pessoal, para o seu futuro. O esforço individual de cada aluno contribuirá, igualmente, para o desenvolvimento do seu país, graças aos conhecimentos e às competências adquiridas no presente, na escola.
Contra-arg.2Explica que as dificuldades da vida pessoal não facilitam o estudo e que por vezes é difícil realizar esta tarefa.
Refutação do contra-arg. O orador afirma que as circunstâncias da vida pessoal não servem de desculpa para a falta de estudo. E acrescenta que cada um, em razão da sua conduta e do seu esforço, constrói o seu destino.
Exemplo: Obama apresenta 3 jovens como exemplo, jovens que se depararam com dificuldades na vida e que conseguiram superá-las com esforço, não desistiram. Jazmin não sabia falar inglês, vinha do Texas, no entanto estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown e atualmente está a estudar saúde pública. Andoni Schultz ainda muito jovem descobriu que tinha um tumor cerebral e foi sujeito a muitos tratamentos que lhe afectaram a memória, no entanto, apesar de ter de estudar muito mais que os outros nunca perdeu um ano e entrou na faculdade. E ainda Shantel Steve que embora tenha saltado se família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, arranjou um trabalho num centro de saúde e está prestes a acabar o secundário.
Contra-arg. à reafirmação da teseÉ por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. ») A televisão fomenta a crença no sucesso fácil, na obtenção de riqueza e sucesso sem trabalho (“Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar…”).
Refutação do contra-arg.  Obama afirma que o sucesso é difícil de alcançar, pois exige persistência e aprendizagem com os falhanços. Só desta forma é possível superar os insucessos e prosseguir.
Exemplos utilizados para sustentar a refutação. Obama refere que os exemplos de J. K. Rowling, que viu a publicação do primeiro livro da série Harry Potter ser rejeitado doze vezes, e do basquetebolista Michael Jordan, que fez das suas falhas e dificuldades um trampolim para o sucesso, persistindo e nunca desistindo (“Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido.”). No fundo, eles aprenderam com os erros, voltando a tentar e agindo de forma diferente, para não incorrerem no mesmo erro.
Exortação: O orador exorta os alunos a questionarem, a procurarem ajuda, para crescerem e evoluírem.
Conclusão
Na conclusão é feito um resumo dos argumentos desfilados ao longo do discurso, em forma de apelo, destacando o esforço do governo para melhorar as condições de aprendizagem e a necessidade de os alunos se empenharem. Por outro lado, o orador apela aos estudantes que se esforcem e empenhem, para que as suas famílias e o país possam orgulhar-se deles.


Autores:
Catarina Francisco; Fábio Santos; Rafael Santos; Sara Gomes
 


 

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