Não posso adiar o amor para outro século
[...]
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa
Como previsto, vamos agora descobrir os nossos poetas. Tragam a escolha feita e, pelo menos, um poema de cada um dos autores selecionados. Cada aluno irá defender a sua escolha!
Nota: se selecionarem um autor presente no Manual, podem escolher outros poemas desse autor (na Biblioteca, noutros manuais, on-line...). Relembremos:
PORTUGUÊS,
12º ANO – 3º PERÍODO
|
||
Programa|Domínio - EDUCAÇÃO LITERÁRIA
ponto 3. Poetas contemporâneos
Escolher, de dois autores, 4
poemas de cada.
|
||
Miguel Torga
|
Manual
|
Representações do contemporâneo.
Tradição literária.
Figurações do poeta.
Arte poética.
Linguagem, estilo e estrutura:
- formas poéticas e formas estróficas;
- métrica;
- recursos expressivos.
|
Jorge de Sena
|
Bibliotecas ESHN e
Municipal
Instituto Camões
Blogue
deve-e-haver
|
|
Eugénio de Andrade
|
Manual
|
|
Alexandre O’Neill
|
Bibliotecas ESHN e
Municipal
Instituto Camões
Blogue
deve-e-haver
|
|
António Ramos Rosa
|
Bibliotecas ESHN e
Municipal
Instituto Camões
Blogue
deve-e-haver
|
|
Herberto Helder
|
Bibliotecas ESHN e
Municipal
Instituto Camões
Blogue
deve-e-haver
|
|
Ruy Belo
|
Bibliotecas ESHN e
Municipal
Instituto Camões
Blogue
deve-e-haver
|
|
Manuel Alegre
|
Manual
|
|
Luiza Neto Jorge
|
Bibliotecas ESHN e
Municipal
Instituto Camões
Blogue
deve-e-haver
|
|
Vasco Graça Moura
|
Bibliotecas ESHN e
Municipal
Instituto Camões
Blogue
deve-e-haver
|
|
Nuno Júdice
|
Bibliotecas ESHN e
Municipal
Instituto Camões
Blogue
deve-e-haver
|
|
Ana Luísa Amaral
|
Manual
|
Atenção: se usares um sítio da internet, confirma a qualidade/fiabilidade da fixação de texto: cf. com o livro do autor ou uma antologia ou um Manual certificado. Pede ajuda, se necessário.
António Ramos Rosa| http://ensina.rtp.pt/artigo/antonio-ramos-rosa-poesia/
(c/ vídeo)
|
Luísa Neto Jorge| http://ensina.rtp.pt/artigo/o-poema-ensina-a-cair-de-luiza-neto-jorge/
(com vídeo)
Miguel Torga
|
3 comentários:
Viagem
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=95 © Luso-Poemas
Soneto Superdesenvolvido
É tão suave ter bons sentimentos,
consola tanto a alma de quem os tem,
que as boas acções são inesquecíveis momentos
e é um prazer fazer o bem.
Por isso, quando no Verão se chega a uma esplanada
sabe melhor dar esmola que beber a laranjada,
consola mais viver entre os muito pobres
que conviver com gente a quem não falta nada.
E ao fim de tantos anos a dar do que é seu,
independentemente da maneira como se alcançou,
ainda por cima se tem lugar garantido no céu,
gozo acrescido ao muito que se gozou.
Teria este ... se não tivesse outro sentido,
ser natural de um país subdesenvolvido.
Ruy Belo
Conquista
Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!
Miguel Torga
Enviar um comentário