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29 abril 2021

Escritor Mário de Carvalho na Escola Henriques Nogueira


 

 Vê aqui o vídeo do ENSINA RTP sobre MÁRIO DE CARVALHO

OBRAS + VIDA
«MÁRIO Costa Martins DE CARVALHO formou-se em Direito pela Universidade de Lisboa. Inicia-se, durante o curso, na actividade política, envolvendo-se nas lutas estudantis que em Portugal se produziram na década de sessenta. Mais tarde, já durante o serviço militar, é preso também por razões políticas, tendo partido para o exílio em 1973 (França e Suécia) e regressado a Portugal após a revolução de Abril de 1974.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Fotografias do Museu do Aljube (antiga prisão de presos políticos)

Advogado e jornalista, estreou-se como escritor no volume antológico Mar, (Lisboa, 1981), publicando no ano seguinte o seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera. Desde então, tem mantido um ritmo de publicação e um nível de recepção crítica e pública das suas obras que o situam entre os mais importantes ficcionistas portugueses da actualidade


Com uma escrita reveladora de um grande domínio da língua, um estilo que não se consegue situar em escola alguma e onde se sentem influências de grandes mestres clássicos da literatura portuguesa, como Camilo ou Garrett, num registo que, no entanto, se destaca pela sua extrema modernidade, Mário de Carvalho percorre uma variedade de temas, géneros e tempos históricos com a mesma aparente facilidade, cultivando um registo frequentemente irónico, e mesmo humorístico, com várias incursões pelo domínio do fantástico.

A sua obra como dramaturgo é igualmente uma das mais interessantes que surgiu na última década em Portugal, tendo sido levadas à cena algumas das suas peças pelos grupos «O Bando» (Estilhaços, a partir de «O sentido da Epopeia», em 1989), «Novo Grupo» («A rapariga de Varsóvia», em 1991) e pelo Teatro da Malaposta («Haja Harmonia», 1997 e «Se Perguntarem por mim não Estou», 1999). Mário de Carvalho é ainda autor de diversos guiões, diálogos e adaptações para televisão e de um guião para cinema.

Leccionou escrita de argumento no departamento de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema entre 1999 e 2001 e, entre 2000 e 2002, ministrou dois cursos de Mestrado em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, leccionando Escrita de Teatro. Em 2003 dirigiu oficinas de Escrita Criativa organizadas pelo IPLB (Instituto Português do Livro e das Bibliotecas) e pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores).»

 AA obra A Sala Magenta (2008) venceu o prémio Fernando Namora e o prémio Vergílio Ferreira e, mais recentemente, o livro "O eu que ouvi na barrica de maçãs" (2019) foi distinguido com o Grande Prémio de Literatura Crónica e Dispersos Literários, da Associação Portuguesa de Escritores (APE).

 Direção Geral do Livros, dos Arquivos e Bibliotecas


Bibliografia:

- Contos da Sétima Esfera (1981)
- Casos do Beco das Sardinheiras (1982)
- O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana (1982)
- A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho (1983)
- Fabulário (1984)
- Contos Soltos (1986)
- E se Tivesse a Bondade de Me Dizer Porquê? (1986)
- O Capitão Passanha (1987)
- Os Alferes (1989)
- Água em Pena de Pato (1991)
- Quatrocentos Mil Sestércios seguido de O Conde Jano (1991)
- Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (1994)
- Era Bom que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto (1995)
- A Paixão do Conde de Fróis (1996)
- Se Perguntarem por Mim, não estou seguido de Haja Harmonia (1999)
- Apuros de um Pessimista em Fuga (1999)
- Contos Vagabundos (2000)
- Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina (2003)
- O Homem que Engoliu a Lua (2003)
- A Sala Magenta (2008)
- A Arte de Morrer Longe (2010)
- Quando o Diabo Reza (2011)
- O Homem do Turbante Verde (2011)
- Não Há Vozes, não Há Prantos (2012)
- O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel (2012)
- A Liberdade De Pátio (2013)
- Quem disser o contrário é porque tem razão (2014)
- Novelas Extravagantes (2015)
- Ronda das Mil Belas em Frol (2016)
- Cronovelemas (2017)
- Burgueses somos nós todos ou ainda menos (2018)
- O que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs (2019)


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