Vê aqui o vídeo do ENSINA RTP sobre MÁRIO DE CARVALHO
OBRAS + VIDA «MÁRIO Costa Martins DE CARVALHO formou-se em Direito pela Universidade de Lisboa. Inicia-se, durante o curso, na actividade política, envolvendo-se nas lutas estudantis que em Portugal se produziram na década de sessenta. Mais tarde, já durante o serviço militar, é preso também por razões políticas, tendo partido para o exílio em 1973 (França e Suécia) e regressado a Portugal após a revolução de Abril de 1974.
Fotografias do Museu do Aljube (antiga prisão de presos políticos)
Advogado e jornalista, estreou-se como escritor no volume antológico Mar, (Lisboa, 1981), publicando no ano seguinte o seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera. Desde então, tem mantido um ritmo de publicação e um nível de recepção crítica e pública das suas obras que o situam entre os mais importantes ficcionistas portugueses da actualidade
Com uma escrita
reveladora de um grande domínio da língua, um estilo que não se consegue
situar em escola alguma e onde se sentem influências de grandes mestres
clássicos da literatura portuguesa, como Camilo ou Garrett, num registo
que, no entanto, se destaca pela sua extrema modernidade, Mário de
Carvalho percorre uma variedade de temas, géneros e tempos históricos
com a mesma aparente facilidade, cultivando um registo frequentemente
irónico, e mesmo humorístico, com várias incursões pelo domínio do
fantástico.
A sua obra como dramaturgo é igualmente uma das mais
interessantes que surgiu na última década em Portugal, tendo sido
levadas à cena algumas das suas peças pelos grupos «O Bando» (Estilhaços,
a partir de «O sentido da Epopeia», em 1989), «Novo Grupo» («A rapariga
de Varsóvia», em 1991) e pelo Teatro da Malaposta («Haja Harmonia»,
1997 e «Se Perguntarem por mim não Estou», 1999). Mário de Carvalho é
ainda autor de diversos guiões, diálogos e adaptações para televisão e
de um guião para cinema.
Leccionou escrita de argumento no
departamento de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema entre 1999 e
2001 e, entre 2000 e 2002, ministrou dois cursos de Mestrado em Estudos
de Teatro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, leccionando
Escrita de Teatro. Em 2003 dirigiu oficinas de Escrita Criativa
organizadas pelo IPLB (Instituto Português do Livro e das Bibliotecas) e
pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores).»
AA obra A Sala Magenta (2008) venceu o prémio Fernando Namora e o prémio Vergílio Ferreira e, mais recentemente, o livro "O eu que ouvi na barrica de maçãs" (2019) foi distinguido com o Grande Prémio de Literatura Crónica e Dispersos Literários, da Associação Portuguesa de Escritores (APE).
Direção Geral do Livros, dos Arquivos e Bibliotecas
Bibliografia:
- Contos da Sétima Esfera (1981)
- Casos do Beco das Sardinheiras (1982)
- O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana (1982)
- A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho (1983)
- Fabulário (1984)
- Contos Soltos (1986)
- E se Tivesse a Bondade de Me Dizer Porquê? (1986)
- O Capitão Passanha (1987)
- Os Alferes (1989)
- Água em Pena de Pato (1991)
- Quatrocentos Mil Sestércios seguido de O Conde Jano (1991)
- Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (1994)
- Era Bom que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto (1995)
- A Paixão do Conde de Fróis (1996)
- Se Perguntarem por Mim, não estou seguido de Haja Harmonia (1999)
- Apuros de um Pessimista em Fuga (1999)
- Contos Vagabundos (2000)
- Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina (2003)
- O Homem que Engoliu a Lua (2003)
- A Sala Magenta (2008)
- A Arte de Morrer Longe (2010)
- Quando o Diabo Reza (2011)
- O Homem do Turbante Verde (2011)
- Não Há Vozes, não Há Prantos (2012)
- O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel (2012)
- A Liberdade De Pátio (2013)
- Quem disser o contrário é porque tem razão (2014)
- Novelas Extravagantes (2015)
- Ronda das Mil Belas em Frol (2016)
- Cronovelemas (2017)
- Burgueses somos nós todos ou ainda menos (2018)
- O que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs (2019)
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