Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
'Splendia sobre as naus da iniciação.
Linha severa da longínqua costa –
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, ha aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.
O sonho é ver as fórmas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte –
Os beijos merecidos da Verdade.
Está cá tudo o que é importante na Mensagem.
• A descoberta do LONGE, o vencimento da distância,
a ultrapassagem do medo, do desconhecido, só é/foi
possível porque
O Herói (arquétipo
do português) é:
– Consagrado a uma missão
–Agente de uma vontade transcendente e divina
–Capaz de estar à altura, de ler os sinais e agir
em conformidade:
•Sente-se impelido/
é chamado
•Planeia/ sonha/vence o medo
•Age: tem esperança e vontade
–As figuras históricas que desfilam na Mensagem valem pelo ideal
que representam: valentia, arrojo, previsão, fé, «loucura», sentido de missão…
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