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02 fevereiro 2014

A mensagem literária é universal


A literatura não têm uma finalidade prática, mas sim, uma intenção estética com um sentido que nos permite ver o Mundo com outros olhos. De uma maneira generalizada, a literatura é a transfiguração do real, onde são retratadas os sentimentos e as formas de relação do ser humano.

A literatura é crucial para a aprendizagem do ser humano; é através dela que podemos enriquecer o nosso vocabulário, obter informações e conhecimento e melhorar a nossa capacidade de raciocínio. Tal como disse George Steiner (1), somos expostos a uma experiência diferente da nossa e isso transforma-nos, faz-nos crescer. Teremos mais capacidades de escolhas na sociedade, logo seremos mais livres e activos, de uma forma construtiva. Um exemplo da importância literária, são os “ranking” das notas escolares no nosso país, as escolas que investem mais na questão da leitura são as escolas onde existe sucesso escolar, nessas mesmas escolas formam-se alunos com melhor raciocínio, melhor preparados para o Mundo que terão à frente.

A literatura é milenar, mas não era acessível a todos; com o tempo isso foi-se alterando e, hoje em dia, novas tecnologias trouxeram novos meios e fontes de leitura, informação e comunicação, o que facilitou muito a vida das pessoas. Os novos suportes de literatura levaram as pessoas a um Mundo diferente de informação, outrora impossível; por exemplo, actualmente estão disponíveis milhares de obras literárias de fácil acesso.

Todavia, existem ainda aspectos que vão contra o desenvolvimento da literatura, pois grande parte das pessoas não utiliza construtivamente e de forma adequada as tecnologias que estão disponíveis. Para além disso, mesmo com essas tecnologias, um grande número de pessoas está privado da leitura, e as que não estão são pouco estimuladas a ler e escrever, o que faz a sociedade tornar-se mais pobre. Para enfrentar esse problema, e para haver futuros avanços na Humanidade, as gerações jovens terão de se tornar mais universais na leitura, pois com literatura uma pessoa tornar-se mais culta e mais capaz de "sobreviver" num mundo moderno.


Bruno Aires 12ºA
Rui Mendonça 12ºA
Sebastião Pinheiro 12ºA
19 Outubro, 2011 20:30

(1) - Neste espaço os autores do texto irão esclarecer quem é George Steiner e de onde tiraram a citação!!!
Claro que o sr. é uma autoridade em matéria literária, mas não se pode encaixar no texto só para fazer figura. Toca a completar ou a tirar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Reflexão das estrofes 96,98 e 99 do canto VII de "Os Lusíadas"

A reflexão do poeta basei-se no poder que o dinheiro pode alcançar sobre o homem.
Inicia-se a estrofe 96 falando dos descobrimentos ("naus") que simbolizavam a fonte de riqueza daquela época; o dinheiro surge personificado ("vagaroso") à espera do momento certo para corromper. Defende a ideia de que o dinheiro é inimigo tanto dos ricos como dos pobres, pois "a tudo nos obriga".
Na estrofe 98 do mesmo canto diz que o dinheiro trasforma amigos ("faz trédoros"), nobres, fiéis ("entrega capitães"), mulheres("corrompre virginais purezas"); corrompe a ciência, a moralidade e consciência.
Continuando, na estrofe 99, o poeta transmite a ideia de que o dinheiro altera textos, leis e reis("tiranos tornam os reis"); até o clero("até os que só a Deus omnipotente/ Se dedicam"). E é de salientar o facto de Camões dar a entender que também ele está dependente do dinheiro, mas com uma valorização, ilude o próprio poeta, contudo "de virtude".

Sebastião Pinheiro nº 19
Rui Mendonça nº 16

Anónimo disse...

Reflexões do poeta, Canto VI d’Os Lusíadas

Logo nos primeiros quatro versos da estrofe 95 é esclarecida a motivação subjacente a esta reflexão. Rapidamente nos deparamos com a temática que aqui incide: “Como deve o heroi alcançar a glória?”.

Luís Vaz de Camões começa por enumerar vários aspetos negativos fazendo uso do advérbio de negação “não” repetindo-o 6 vezes ao longo das estrofes 95 e 96. O uso desta figura de estilo, a anáfora, constitui uma estratégia argumentativa levada a cabo pelo poeta a fim de clarificar as ações, regras e atitudes não dignas da fama. Camões revela a genealogia como um elemento insuficiente para alcançar o estatuto de heroi – “Não encostados sempre nos antigos/Troncos nobres de seus antecessores;” –, obstando a norma atual na época. Ainda, o acesso ao heroísmo é negado quando este é tomado pela via da ociosidade, do conforto e do bem-estar – “Não cos passeios moles e ouciosos,/Não cos vários deleites e infinitos,”.

A estrofe 97 introduz a conjunção adversativa, que contrapõe as críticas lançadas nas estâncias anteriores. O poeta releva ações marcadas pelo sofrimento, pelo esforço, pela coragem, pelas atividades bélicas e marinhas – “Vigiando e vestindo o forjado aço,/Sofrendo tempestades e ondas cruas,” –, cujas constam no leque de argumentos que o escritor considera merecedoras da fama. Profere que os feitos da sorte serão desprezados pelo verdadeiro heroi. Isto porque o sofrimento faz com que o Homem dê mais valor à vida e despreze as honras e a riqueza – “Desprezador das honras e dinheiro,/Das honras e dinheiro que a ventura/Forjou, e não virtude justa e dura.”. As conquistas, que são do heroi por direito próprio, são conquistadas pela sua virtude – “Mas com buscar, co seu forçoso braço,/As honras que ele chame próprias suas;”.

Podemos extrair da estrofe 99 que um eventual heroi terá a recompensa pelo seu valor graças à experiência dos perigos por que este passou.


Emanuel Antunes 12ºA
Luís Gonçalo Gomes 12ºA