Imagens da Visita de Estudo Interdisciplnar - 16 de fevereiro
Ficam os textos, da Infraestruturas de Portugal, de que lemos passagens em aula. Integrem as informações aqui disponibilizadas no contexto do vosso trabalho e nas matérias das disciplinas respetivas.
Sem isso, não há trabalho!
ATIVIDADE TRANDISCIPLINAR[1]
TEXTOS PARA INTERPRETAÇÃO DE LEITURA, REFLEXÃO, DEBATE, SÍNTESE, REVISÃO
DE CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS
TEXTO 1| “Experiência Pilar 7 - Ponte 25 de Abril”
A Ponte 25 de Abril
Inaugurada a 6 de agosto de
1966, a Ponte 25 de Abril assinalou um novo marco da engenharia em Portugal,
concretizando a união das margens norte e sul do Tejo entre Lisboa e Almada.
O desígnio de uma Ponte
sobre o Tejo, em Lisboa, remonta a 1870, com o primeiro projeto do Engenheiro
Miguel Pais, que preconizava uma ponte rodoferroviária para ligar a zona
oriental de Lisboa ao Montijo. Em quase um século, muitas ideias surgiram, mas
o sonho não se cumpriu.
Os anos de 1950 foram
decisivos no que respeita aos estudos sobre a travessia, tendo culminado com a
criação do Gabinete da Ponte sobre o Tejo e com o lançamento do Concurso
Público Internacional, na localização atual.
À data da sua inauguração, a
ponte era a maior estrutura metálica suspensa da Europa e a quinta maior a
nível mundial.
A Ponte 25 de Abril possui
uma das treliças mais longas do mundo, com ambas as torres principais a
elevarem-se a cerca de 190 metros acima do nível da água e com uma altura livre
de navegação de 70 metros, que assegura o acesso ao porto de Lisboa pelos
navios de grande porte.
A Norte, localiza-se o
viaduto de acesso em betão com um comprimento de 945m, medindo em conjunto com
a ponte, aproximadamente 3.255m. A Ponte tem 1 013 metros de vão central. Cada
cabo principal tem 58,6 cm de diâmetro e é composto por 11 248 fios de aço.
A Ponte obrigou à escavação
de 6,6 milhões de m3 de rocha e solos, consumiu 300 000 m3 de betão e 82 000
toneladas de peças de aço. Cada torre de aço demorou mais de 4 meses a ser implementada,
os dois cabos principais pesam 8 000 toneladas e foram construídos in loco, a
viga de rigidez foi construída por secções de 300 toneladas cada, transportadas
por barcaça e içadas uma a uma.
Mas, apesar da sua
imponência, é uma estrutura dinâmica e leve: uma estrutura flexível e com
elasticidade não quebra; verga e resiste. Da dinâmica estrutural vem-lhe a
firmeza e a estabilidade. É resiliente ao atrito, ao vento e aos movimentos
tectónicos.
Por ação da temperatura e
das cargas rodoviárias e ferroviárias atuantes, o tabuleiro rodoferroviário
pode movimentar-se longitudinalmente nas extremidades até 1,50 m (±0,75 m em
relação à posição de referência) e o topo das torres pode oscilar até ao máximo
de 2.0 m (± 1.0 m relativamente ao seu alinhamento vertical). Com a cessação de
qualquer carga, o comportamento elástico da Ponte permite-lhe retomar as suas
características iniciais (posição espacial e dimensões).
Cinco décadas depois,
continua a ser um elemento fundamental do sistema de transportes do país,
utilizada diariamente por cerca de 300 mil utentes, por rodovia e ferrovia.
O 50.º aniversário da Ponte
25 de Abril marcou o arranque do Centro Interpretativo da Ponte 25
de Abril - Experiência Pilar 7, um projeto turístico e cultural que
integra um miradouro panorâmico e uma experiência sensorial, física e
intelectual no pilar de ponte em Alcântara.
O Pilar 7
O Pilar 7 é
um dos principais pilares da Ponte, porque na sua base recebe a amarração dos cabos
da estrutura suspensa da margem norte do rio Tejo, e o único pilar que
constitui ponto de encontro da ponte metálica e do viaduto em betão armado.
Distingue-se também, em termos espaciais e funcionais, por ser constituído por
três maciços de amarração, que permitem, pela sua volumetria, forma e
disposição no espaço, percursos exteriores dinâmicos, com perspetivas visuais
singulares. No interior, espaços ocos e livres, imponentes salas onde impera a
força das estruturas e a rudeza dos materiais.
Os visitantes
vão poder usufruir de uma varanda muito especial na cidade de Lisboa,
subindo 72 metros na vertical até à cota do tabuleiro rodoviário da Ponte 25 de
Abril, através de um elevador panorâmico (correspondente a 26 andares, 386
degraus). Antes da subida, no Centro Interpretativo, têm disponíveis
experiências virtuais e sensoriais que só se desvendam a quem as vive, mas onde
tem lugar próprio a homenagem aos operários que nos anos 1960 fizeram, com as
suas mãos, esta magnífica obra de arte - A Ponte 25 de Abril.
A ideia de
experimentação da Ponte 25 de Abril nasceu em 2013, no decurso da empreitada de
conservação e reparação da Ponte, da responsabilidade da EP - Estradas de
Portugal, SA, quando os trabalhos chegaram ao Pilar 7.
A
“Experiência Pilar 7” não é apenas mais um elemento de valorização da cidade.
Acrescenta-lhe, 50 anos depois da inauguração da Ponte 25 de Abril, uma matéria
única, ao mesmo tempo poética, sociológica e técnica.
Infraestruturas de Portugal, “A Ponte e o Futuro”, 2017-09-22[2]
(com supressões)
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