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01 outubro 2015

Vasco da Gama responde ao Velho do Restelo

Venerando ancião

Primeiramente, quero informar-vos que esta nossa “ambiciosa” viagem, não será feita por cobiça, nem por fama, sequer. O nosso objetivo é apenas expandir este nosso reino, levá-lo a outras partes do mundo. Mas espero que compreendais que o nosso amor pelo descobrimento nunca será maior do que aquele que nutrimos pela nossa família. O que fazemos, é um sacrifício por um bem maior, é algo que fazemos por amor à Pátria.

Como Cristãos que somos, nunca seremos capazes de cometer os tamanhos que pecados a que vos referis. A glória e a fama, esperamos concretizar, sim, mas por serem apenas sinais que demonstram que atingimos o nosso objetivo maior. Até porque, se nunca tentarmos, se nunca nos esforçarmos, como atingiremos o que queremos? Quereis vós dizer que devemos viver conformados, sem avançar?

Tudo o que vós dizeis que eu prometo em vão aos meus marinheiros, é grave! Seria incapaz de mentir, de enganar, os homens em quem confio. Isto seria ter que duvidar de mim próprio. Vós nascestes numa época diferente da minha. As vossas maneiras, a vossa educação ou pertenço. Eu não penso agir mal quando peço aos meus marinheiros, homens, «esforço e valentia», pois só assim eles serão isso mesmo, homens esforçados e valentes. E não tenciono perder um, nem um só deles, pois são as suas vidas o que eu prezo mais que tudo nesta viagem. Temos um objetivo, queremos e vamos cumpri-lo e, durante a sua execução, nem um só dos meus homens há-de morrer.

Não é pelo facto de partirmos que Portugal ficará mais fraco, sem gente. Reino tão glorioso nunca se perderá na história por ficar sem quem cuide dele, nem nunca se enfraquecerá por tal razão.
Não tenciono, nem os meus homens, manchar a história nem a grandiosidade deste nosso reino. Somos Portugueses, e queremos apenas aumentar a glória e dignidade deste nosso pátrio canto, que tão superior é ao resto do mundo.



Linda Viduedo, Henrique Pinto, Márcia Santos, Mariana Mendes, 12º A
(16/10/2012)



2 comentários:

Noémia Santos disse...

Obrigado pelo contributo

Há argumentos com muito interesse, em particular nos 2 primeiros parágrafos, com equilíbrio entre argumentos racionais e emotivos.

Retirar a expressão que refere «como já disse» - o que se diz, está dito. Mesmo a reiteração deve ser introduzida com "novidade", se não retira força.

Faltava o/um vocativo, seguido de um qualquer atributo que remeta para o Velho.

Espero que vos fique na memória e ajude a reter este episódio.

Continuem!

Anónimo disse...

Linda Viduedo, Henrique Pinto, Márcia Santos, Mariana Mendes,

Este na minha opinião é o texto com mais interesse pois apresenta bons argumentos, gosto principalmente deste: "A glória e a fama, esperamos concretizar, sim, mas por serem apenas sinais que demonstram que atingimos o nosso objetivo maior", pois transmite a ideia que Vasco da Gama aceita a opinião do velho mas apresenta o "seu lado" dessa opinião, com a utilização da Conjunção Coordenativa Adversativa estabelecendo assim uma relação de contraste entre a opinião do velho.

No entanto acho que não deveriam de dizer "nem um só dos meus homens há-de morrer" pois Vasco da Gama deveria de saber os perigos que ele e os marinheiros corriam ao ir naquela viagem marítima e não podia garantir que nenhum dos seus homens morreria.

Bom Trabalho!...
Jessica Neto 12A