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17 setembro 2020

«São como um cristal,/as palavras»

 Na continuação da proposta da aula (12ºA):

«São como um cristal, /as palavras./Algumas, um punhal,/um incêndio./Outras,/orvalho apenas.» Eugénio de Andrade

 Aguardamos as tuas palavras - as favoritas, as interditas, as que ainda não conseguiste dizer, as que ficaram por dizer e agora já não encontram lugar, as que tens muita vontade de dizer, as que já não suportas, as que adoravas ouvir...


9 comentários:

Joao G. Matias 12A. disse...

Caminho para a Luz

Neste cartoon de Agim Sulaj, uma mão atrás de uma rede onde o espaço é consumido pela escuridão, desenha, com um lápis. pequenas pegadas que se distanciam para longe das grades para uma zona bem iluminada.
Esta obra tem um impacto inicial fortíssimo, comunicando, em primeira intância, para a tentativa de escapar , fugir, da prisão onde o sujeito (dono da mão) se encontra.
No entanto o isolamento a que este é sujeitado não lhe é capaz de de aprisionar também o pensamento nem a sua imaginação, representado pelos seus desenhos de pegadas e da sua esperança num futuro melhor, livre, representado pela direção que as pegadas desenhadas tomam, o caminho da luz, da liberdade.
Esta tentativa quase fútil de alcançar a liberdade, leva esta mão a escapar da escuridão imensa, da sua realidade, e leva-a para uma zona cinzenta, mais iluminada, mas escura todavia, aproximando-se assim o sujeito da luz, da liberdade que tanto deseja.
Assim com um rápido olhar sobre a imagem, esta deixa-nos com uma poderosa mensagem: que não importa a situação ou o quão preso e isolados estejamos, ninguém nos pode roubar a imaginação e o pensamento, e esta, apesar de cem algemas que nos agarrem e outras cem correntes que nos puxem, caminha sempre, para a liberdade.

Anónimo disse...

Da autoria de Agim Sulaj, o cartoon contém um plano claro e um plano escuro, separados por uma grade. No plano escuro, atrás da grade encontra-se uma mão que segura um lápis. No plano claro a mão, que está do outro lado da grade, desenha pegadas com o seu lápis que se dirigem para longe da grade e da escuridão e em direção à luz.
Neste cartoon a grade simboliza a opressão, que aprisiona a mão na zona escura e a impede de escapar para a zona clara, que representa a liberdade.
Já a mão e o lápis têm um significado virado para o ser humano. A mão representa todos representa todos os seres humanos e o lápis as suas mentes, que interceta a grade, mostrando-nos que a mente humana é capaz de atravessar qualquer barreira nela imposta.
E as pegadas que se dirigem em direção à luz, que são desenhadas pelo lápis que a mão segura, fazem uma alegoria ao pensamento das pessoas oprimidas, à vontade de se dirigirem em direção à liberdade.
Para concluir, o cartoon de Agim Sulaj faz-nos refletir sobre a opressão e a natureza humana, mostrando-nos apenas com recurso a imagens que por muito que se oprimam as pessoas não é possível fazer com que essas pessoas não pensem e desejem ser livres, que “não há machado que corte a raiz ao pensamento”.

Miguel Matias, 12ºA

Anónimo disse...

No cartoon de Agim Sulaj, à primeira impressão observa-se três cores, preto, cinzento e branco situadas no plano de fundo ao primeiro plano, respetivamente. O segundo grande destaque é uma rede na diagonal que divide a imagem em duas partes ajudando a separar o tom mais escuro da imagem do mais claro. Também observa-se uma mão do lado mais escuro que segura um lápis  que atravessa a rede de modo a conseguir desenhar pegadas do outro lado, lado mais claro.

A meu ver, as pegadas representam o bom caminho que as pessoas pretendem seguir com a sua vida, enquanto que a rede poderá simbolizar os obstáculos como as dificuldades económicas que a maioria das pessoas enfrenta para conseguir chegar longe na sua vida pessoal como na vida profissional.

Assim, o autor joga perfeitamente com os tons escuros e claros, fazendo com que os tons escuros representem a opressão e os limites que certas classes sociais enfrentam. O tom mais claro simboliza o objetivo que pretendem atingir.

Em suma, se olharmos para a imagem sem pensarmos num sentido valorativo, a imagem em si não nos transmite nada. No entanto ao pensarmos no significado de cada elemento da imagem, esta consegue emitir um grande significado. O que nem todos os autores são capazes de fazer, pois não é assim tão simples juntar elementos com tanto significado numa só imagem de modo a que estejam todos interligados.

Laura T. 12°B

Anónimo disse...

No cartoon representado, da autoria de Agim Sulaj, está representada uma rede a dividir o desenho em pelo menos dois planos.
Podemos observar em destaque uma mão no plano de fundo que se encontra próxima da rede a dividir a imagem. Este mesmo plano apresenta cores mais escuras e à medida que avançamos para a fronteira que divide as duas partes da ilustração os tons vão ficando mais claros.
A mão agarra um lápis que atravessa a rede para o primeiro plano e desenha pegadas na zona mais clara do cartoon. Deste modo o ilustrador dá a entender que a parte mais escura representa a escuridão e a opressão a que muitas vezes estamos expostos, enquanto que a zona mais clara nos passa uma sensação de luminosidade e liberdade.
A rede, ao dividir a imagem, é utilizada como um símbolo de fechamento e prisão, limitando o plano de fundo e não permitindo ao que se encontra nessa mesma zona ter acesso ao primeiro plano e à sua ideia de claridade. Funciona assim como uma fronteira e um limite que muitas vezes nos mantém em ambientes opressivos ou limitantes.
Podemos concluir que a ilustração realiza uma observação à falta de folga e direitos de expressão a que nos sujeitam e ao modo em que, ao mesmo tempo, tentamos caminhar para a nossa liberdade e independência.

Raquel Domingos 12°B

Anónimo disse...

Para lá da fronteira
De um lado, no plano de fundo, temos uma mão que se encontra na escuridão, a segurar um lápis. Do outro lado da rede, que divide o plano como se de uma fronteira se tratasse, temos ainda um plano intermédio, já mais claro, a saída do lápis para o primeiro plano, o mais claro e luminoso, onde se encontram as pegadas desenhadas.
Segundo o meu entender, esta rede que divide o plano simboliza os obstáculos enfrentados por este alguém, para querer chegar a um determinado objetivo que pretende alcançar. Representando assim, o plano de fundo, o passado obscuro e difícil vivido.
Por esta lógica, as pegadas ilustradas significam a ambição, o desejo de sair desse passado negro e caminhar para um futuro mais luminoso.
Esta imagem remete-nos para a ideia de querer ser livre, de querer recomeçar num lado mais positivo. Por isso poder ter variadas interpretações e todas elas terem sentido, dependendo da maneira como nos conseguimos aproximar da realidade desta ilustração. Em suma, apesar do carácter mais intenso, contrário ao da maioria dos cartoons que são de carácter político ou satírico; quando ambicionamos, por mais difícil e demorado que o caminho seja, o futuro será sempre mais radiante e feliz.

Carolina Sousa 12ºB

Anónimo disse...

De um lado, no plano de fundo, temos uma mão que se encontra na escuridão, a segurar um lápis. Do outro lado da rede, que divide o plano como se de uma fronteira se tratasse, temos ainda um plano intermédio, já mais claro, a saída do lápis para o primeiro plano, o mais claro e luminoso, onde se encontram as pegadas desenhadas.
Segundo o meu entender, esta rede que divide o plano simboliza os obstáculos enfrentados por este alguém, para querer chegar a um determinado objetivo que pretende alcançar. Representando assim, o plano de fundo, o passado obscuro e difícil vivido.
Por esta lógica, as pegadas ilustradas significam a ambição, o desejo de sair desse passado negro e caminhar para um futuro mais luminoso.
Esta imagem, da autoria de Agim Sulaj, remete-nos para a ideia de querer ser livre, de querer recomeçar num lado mais positivo. Por isso poder ter variadas interpretações e todas elas terem sentido, dependendo da maneira como nos conseguimos aproximar da realidade desta ilustração. Em suma, apesar do carácter mais intenso, contrário ao da maioria dos «cartoons» que são de carácter político ou satírico; quando ambicionamos, por mais difícil e demorado que o caminho seja, o futuro será sempre mais radiante e feliz.

Carolina Sousa 12ºB (alterações ao post anterior)

Anónimo disse...

Ricardo Duarte 12ºB

No "Cartoon" de Argim Sulaj é ilustrado em primeiro plano numa zona de tom claro, pegadas desenhadas; num plano intermédio mostra uma rede posicionada numa zona cinzenta, onde um lápis atravessa por entre a rede, no plano secundário é representada a mão, que segura o lápis, quase na total escuridão.
A definição de "Cartoon" resumida seria um desenho humorístico/satírico baseado numa situação da atualidade, nestas características Agim foge à regra ao utilizar um carácter icónico, com uma abordagem séria, transmitida pelo uso das cores monocromáticas e o desenho em si.
A autora na imagem dá um valor simbólico a todas as representações, a rede demonstra uma sensação de clausura, aprisionamento, que separa a brancura do negrume, existe a mão/braço que atravessa a escuridão com o seu lápis empunhado e alcança a luz, esta mão desempenha a ação, a capacidade de fazer, esta ação está relacionada com uma libertação, onde o uso do lápis será a ferramenta/arma.
No primeiro plano, estão representadas pegadas do sujeito que se afasta da sombra, formando um caminho para longe da sua zona escura.
Após toda a análise ao "Cartoon", a história que exibe para os seus espectadores é de um sujeito cativo da sua zona de conforto até decidir tomar a ação, a narrativa da sua vida, lutar para superar os seus limites e encontrar um novo mundo onde pode trilhar um novo caminho.

"Superar barreiras"- Ricardo Duarte

Ricardo G disse...

“Da escuridão à liberdade”
Hoje venho falar de um Cartoon da autoria de Agim Sulaj que, baseado numa mão e num lápis que pretende parodiar a liberdade de expressão.
Para isso, o autor reproduz uma imagem com dois grandes planos de destaque, o primeiro plano e um plano de fundo, ambus cortados por uma rede que reproduz uma fronteira entre os mesmos. Para se exprimir, o autor, decide usar um degradê de cinzas começando, ao fundo, com um negro e acabando com um branco intenso junto à rede. Desse plano de fundo surge uma mão a segurar num lápis.
No primeiro plano, o fundo é todo preenchido de um branco resplandecente simulando a claridade que é marcado por cinco pegadas em destaque que são desenhadas pelo lápis outrora controlado pela mão, também vedada pela rede não permitindo à mesma chegar a este plano.
Com isto o artista tenta exprimir uma falta de liberdade de expressão. Para isso, o autor usa a mão a surgir do plano mais escuro para simbolizar a sociedade que no seu ponto de vista se encontra oprimida, como se estive-se presa na escuridão sem se poder expressar.
O lápis por sua vez, representa um desertor, como se alguém se ousa-se a se exprimir mesmo que não o pudesse profanando o branco do primeiro plano que corresponde á liberdade de expressão até esse momento inalcançável.
Para a altura em que nos encontramos, eu creio que o Cartoon já não se encontra atualizado, o autor aborda a sociedade como se ainda se encontra-se muito reprimida.
Para concluir, a imagem parece-me interessante e fácil de perceber o ponto de vista do autor embora desatualizada pelo tempo. O autor aborda um tema forte e imponente que será sempre uma realidade.

Ricardo Garrido - 12ºB

Anónimo disse...

A divisão
No cartoon, da autoria de Agim Sulaj, observamos em último plano a parte mais escura que está uma mão a segurar num lápis atrás de uma rede, sendo que esta apresenta a graduação das tonalidades demonstrando assim o cinzento. O lápis referido anteriormente, atravessa a rede para que o sujeito consiga desenhar as pegadas que estão em direção à saída da rede apresentando assim, a cor clara.
No tom escuro que representa a solidão, a tristeza, o isolamento, o medo está uma mão de um sujeito que se sente triste, sozinho, com falta de liberdade, preso, vazio e atrás de si está uma rede que simboliza a divisão entre a cor escura, algo difícil de ultrapassar e a cor clara, uma cor que demonstra a liberdade, a paz, o estado de espirito livre, a felicidade.
Apresentando assim, a graduação das tonalidades tornando a cor cinzenta que une o escuro e claro sendo por isso um elo de ligação entre a prisão e a liberdade.
A mão que está do lado obscuro segura num lápis que atravessa a rede para conseguir ultrapassar o obstáculo. Estão desenhadas pegadas em direção à luz representando a fuga da prisão e a entrada na liberdade, querendo o sujeito fugir do ambiente escuro, onde está preso.
Este cartoon, apresenta um registo sério e é autorepresentativo, ou seja, o desenho fala sobre a importância deste, para interpretar temas importantes como o da liberdade.
Bruna Cuco, 12ºA