Na sequência da primeira assembleia de delegados, realizada no Sala Polivalente, em 15 de janeiro, vamos passar à fase de reflexão mais detalhada e de apresentação de propostas/sugestões de organização, de práticas pedagógicas, de atividades...
TEXTO DE REFLEXÃO
(INTRODUÇÃO AO DOCUMENTO OFICIAL)
A educação para todos, consagrada como primeiro
objetivo mundial da UNESCO, obriga à consideração da diversidade e da
complexidade como fatores a ter em conta ao definir o que se pretende para a
aprendizagem dos alunos à saída dos 12 anos da escolaridade obrigatória. A referência
a um perfil não visa, porém, qualquer tentativa uniformizadora, mas sim criar
um quadro de referência que pressuponha a liberdade, a responsabilidade, a
valorização do trabalho, a consciência de si próprio, a inserção familiar e
comunitária e a participação na sociedade que nos rodeia.
Perante os outros e a diversidade do mundo, a mudança
e a incerteza, importa criar condições de equilíbrio entre o conhecimento, a
compreensão, a criatividade e o sentido crítico. Trata-se de formar pessoas autónomas
e responsáveis e cidadãos ativos. Não falamos de um mínimo nem de um ideal –
mas do que se pode considerar desejável, com necessária flexibilidade. Daí a
preocupação de definir um perfil que todos possam partilhar e que incentive e cultive
a qualidade. Havendo desigualdades e sendo a sociedade humana imperfeita, não
se adota uma fórmula única, mas favorece-se a complementaridade e o
enriquecimento mútuo entre os cidadãos.
O que distingue o desenvolvimento do atraso é a
aprendizagem. O aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a viver
juntos e a viver com os outros e o aprender a ser constituem elementos que
devem ser vistos nas suas diversas relações e implicações. Isto mesmo obriga a colocar
a educação durante toda a vida no coração da sociedade – pela compreensão das
múltiplas tensões que condicionam a evolução humana. O global e o local, o
universal e o singular, a tradição e a modernidade, o curto e o longo prazos, a
concorrência e a igual consideração e respeito por todos, a rotina e o
progresso, as ideias e a realidade – tudo nos obriga à recusa de receitas ou da
rigidez e a um apelo a pensar e a criar um destino comum humanamente
emancipador. […]
As humanidades hoje têm de ligar educação, cultura e
ciência, saber e saber fazer. O processo da criação e da inovação tem de ser
visto relativamente ao poeta, ao artista, ao artesão, ao cientista, ao
desportista, ao técnico – em suma à pessoa concreta que todos somos.
Um perfil de base humanista significa a consideração
de uma sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores
fundamentais. Daí considerarmos as aprendizagens como centro do processo
educativo, a inclusão como exigência, a contribuição para o desenvolvimento sustentável
como desafio, já que temos de criar condições de adaptabilidade e de
estabilidade, visando valorizar o saber. E a compreensão da realidade obriga a
uma referência comum de rigor e atenção às diferenças.
Guilherme d’Oliveira Martins
(Jurista, de formação, foi Deputado e Ministro da Presidência, Ministro da Educação e Ministro das Finanças e Presidente do Tribunal de Contas. Foi igualmente vice-presidente da Comissão Nacional da UNESCO e Presidente do Centro Nacional de Cultura. É membro do Conselho de Administração da Fundação C. Gulbenkian)
(Jurista, de formação, foi Deputado e Ministro da Presidência, Ministro da Educação e Ministro das Finanças e Presidente do Tribunal de Contas. Foi igualmente vice-presidente da Comissão Nacional da UNESCO e Presidente do Centro Nacional de Cultura. É membro do Conselho de Administração da Fundação C. Gulbenkian)
A NOSSA ASSEMBLEIA
“Para uma educação que persiga valores
humanistas e prepare os jovens de hoje para as exigências do futuro, o
que aqui se propõe é pensar sobre:
- as implicações práticas deste documento na escola portuguesa;
- como pode cada escola [...] reorganizar-se;
- que mudanças é necessário imprimir nas práticas pedagógicas […] .”
Discutir/apresentar propostas:
a. Como
deve a escola reorganizar-se para que todos os alunos se sintam motivados e
tenham sucesso?
b. Que
temas e tipo de atividades e trabalhos devem ser desenvolvidos pelos professores
para alcançar o “Perfil dos Alunos?”
O trabalho será organizado em grupos de reflexão, seguido de apresentação e discussão plenária, com registo de propostas a entregar na direção. Haverá posteriormente uma última fase: um FÓRUM DE ESCOLA.
VISÃO
Pretende-se que o Agrupamento de Escolas Henriques Nogueira se constitua como uma instituição:
- aberta e plural, reconhecida pela qualidade do ensino que ministra e pelas atividades que promove;
- que privilegia a inclusão social, a igualdade de oportunidades e a aprendizagem ao longo da vida;
- que atrai jovens com vontade de aprender e de se envolver nas atividades do Agrupamento e da comunidade;
- com capacidade para ministrar todos os graus de ensino, com uma oferta formativa alargada e, a cada momento, adequada aos interesses da comunidade que serve;
- que apoia a inserção na vida ativa dos seus alunos e acompanha o seu percurso académico e profissional;
- que promove parcerias as mais diversas e se envolve em projetos de cariz local, nacional e/ou internacional;
- que se organiza com base numa gestão orientada por objetivos claros, sustentados na transparência de procedimentos e no aproveitamento e racionalização dos recursos de que dispõe;
- que acolhe profissionais motivados e com um considerável nível de realização pessoal e profissional.
VALORES
Assente em princípios de Qualidade, Exigência, Rigor e Responsabilidade
Cívica, a ação educativa do AEHN promoverá os seguintes valores:
Ø Trabalho
Ø Responsabilidade
Ø Respeito
pela diferença
Ø Cidadania
Ø Solidariedade
Ø Participação
(órgãos, princípios e normas; direitos e deveres de alunos,
professores, enc. educação, funcionários)
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