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19 dezembro 2017

Aniversário, de Álvaro de Campos (glosa)

Recomeçamos a edição de publicações dos alunos, reagindo enquanto leitores aos textos de Fernando Pessoa ou heterónimos. 
Proposta de trabalho: glosar o poema "Aniversário", retomando o verso "No tempo em que festejavam o dia dos meus anos" ... o resto, foi manter o ritmo e retomar ou reinventar memórias.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz, não tanto quanto gostava, mas ninguém estava morto.
Na casa antiga, meia dúzia de gatos-pingados e familiares era tradição.

Nasci em Agosto e estava condenado para sempre.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Éramos poucos mas fazíamos a festa por muitos.
“Só faz falta quem cá está ”-pensava eu,
Mas entristecia-me essa realidade.

Ia a todas as festas para os “chamar” para a minha,
Coitado de mim, ingénuo como eu era.
Cria perdida na azáfama dos adultos,
Mal compreendia o porquê de todos tirarem férias em Agosto!

Tantas foram as vezes que só dois amigos leais apareciam,
Que passei a não gostar, ou sequer ligar ao meu Aniversário.
Pergunto-me para que serve o festejo do Aniversário
Se não for para o festejar com as pessoas que mais gostamos.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Não ligava a prendas, a doces ou à carne assada da avó (tão bom…),
Nem sequer à decoração festiva, balões e letras por todo o lado.
Só me interessava as pessoas que amava,
Que estivessem comigo fisicamente como estão em pensamento.

Tenho saudades desse tempo remoto.
Do tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Em que eu era feliz e ninguém estava morto.


Tiago Almeida,12ºB, nº27
2017


10 comentários:

Anónimo disse...

Há filmes que nos educam e outros que servem apenas para podermos ter algum tempo de lazer. O filme " As minhas tardes com Margarida" leva o espetador a refletir.
Um tema bem presente no filme é a importância dos livros na vida de um ser humano. Germain, personagem principal, é nos apresentado como alguém rude e inculto, devido às suas atitudes iniciais. Com o início da amizade com Margueritte, uma idosa apaixonada pelos livros, e com a sua descoberta pelos mesmos, a sua personalidade altera-se.
Primeiramente quando inicia o seu árduo esforço de ler, é-lhe oferecido um dicionário. Quando recebeu o dicionário teve uma ânsia e conhecer as palavras. Ao aplicar as palavras bo seu dia a dia, parece ridículo, mas começa a modificar a sua maneira de o ver. Germain passa de alguém inculto, para alguém que tenta aprender, tudo isto por causa de um livro. Esta cena foi bem construída pois faz a ligação com o Germain passado e com o Germain final. No fim, torna-se alguém que percebe a importância do conhecimento e que supera os amigos. Também se considera alguém capaz de ser um modelo de vida, estta modificação ocorreu devido aos livros. Um ponto a favor no filme pois Germain leva-nos a acreditar que os livros podem mudar a nossa vida.
O filme "As minhas tardes com Margarida" é de visualização obrigatória, pois para além de uma pertinente abordagem das relações familiares das personagens, demonstram que o Homem não está marcado a ferro: que se pode mudar e alterar, especialmente com a ajuda dos livros.

João Antunes 12°B n°12

Anónimo disse...

O filme intitulado "As minhas tardes com Margarida" aborda vários temas de interesse atual: relações familiares, amizades, amor e desamor e a fratrenidade entre duas pessoas aparentemente diferentes. Uma das coisas que unirá estes seres será a leitura e o gosto pelos livros.
Germain é inculto e iletrado, fruto de uma infância difícil onde é mal tratado pela mãe e gozado pelos colegas e professor. Por oposição, tem um coração inorme e só consegue fazer o bem.
Tudo muda numa tarde no parque. Sentada no banco está Margueritte, que ao contrário de Germain, é fruto de uma história de amor e tem uma grande paixão pelos livros. Entre os dois nasce uma amizade de quase amor filial/maternal. Margueritte encontra um refugio em Germain para a sua solidão. Em troca, "educa-o" no gosto pela leitura. Desperta-lhe interesses, dando-lhe novas perspetivas de vida.
A outra mulher na vida de Germain é a namorada. Com ela experimenta o amor mútuo. Ela ama-o como é.
Na verdade aquela tarde com Margueritte, no parque, muda para sempre a vida de Germain. Vemo-lo passar de uma criança mal tratada e humilhada para um homem que todos gozam no café até atingir a "maturidade". Ganha confiança e força interior. Consegue tomar as suas próprias decisões e vê o mundo com outros olhos. Os olhos de quem já cresceu e aprendeu. Está pronto para começar uma nova fase na sua vida. Para trás ficam tristeza e más recordações. Para a frente estende-se uma estrada de novas oportunidades e de esperança de um recomeço. À sua espera está um lar: Vai ser pai e leva para casa uma verdadeira "mãe".
No final do filme ouvimos a voz de Germain que nos faz lembrar daquela tarde no parque em que Germain contava pombos e a Margueritte lia "A Peste".

Afonso Morgado 12ºB

Anónimo disse...

Os livros são essenciais para o crescimento e aprendizagem de toda a gente. Quer sejam educativos ou literários, ajudam-nos a crescer enquanto pessoas e a olhar para o mundo com outros olhos, fazendo-nos viajar por entre as palavras e imaginar tudo ao pormenor.
Germain, um homem nos seus 50 anos, nunca teve uma vida fácil nem feliz: era humilhado constantemente pela mãe e amigos, tornando-se numa pessoa oprimida, nunca acreditando em si próprio e nas suas capacidades pelo que a ignorância e “burrice” que demonstra em adulto são quase como um bloqueio intelectual que o incapacitou de aprender (consequência dos maus tratos sofridos). Margarida, uma senhora de 95 anos culta e apaixonada por livros, é quem educa e cultiva o terreno baldio que é a mente de Germain e o ensina a ler e escrever, tornando-se quase como família para ele. “As minhas tardes com Margarida” trata de uma grande amizade improvável entre estas duas personagens, que começa num jardim a que ambos recorriam como um refúgio, à procura de sossego.
São particularmente interessantes diversos aspetos abordados no filme como os laços familiares e o impacto que os livros têm numa pessoa. Apesar de tudo o que lhe aconteceu em criança, Germain conseguiu manter sempre o seu lado amável e solidário, que é demonstrado no desenrolar do enredo, tentando (à sua maneira) ajudar quem e como pode, mesmo aqueles que o desprezavam, como era o caso de sua mãe, sendo bastante realçada a violência e desamor dessa relação. Sem dúvida que, tanto as leituras como essa amizade, o fizeram crescer, abriram-se-lhe novos horizontes e deixou de ter medo de mostrar a todos quem é, a nova pessoa em que se tinha tornado, ficando cada vez mais interessado e determinado em aprender, sendo um exemplo de como um simples livro nos pode afetar e mudar por completo.
É um filme que vale a pena ser visto, que nos apercebemos do quão cruciais são os livros e a leitura na nossa vida e em que Gérard Depardieu faz um papel tão bem conseguido de um tosco que nos deixa a pensar que os toscos são todos os outros que gozam com ele.


Luana Vicente 12ºB

Anónimo disse...

Apreciação critica
Livros são material de aprendizagem, que nos fazem reflectir sobre a nossa vida e sobre os problemas que vivemos digamos que os livros são intemporais e que os livros do passado nos ajudam a reflectir sobre o presente e o futuro.
"As minhas tardes com Margarida" é um filme francês que tem como tema fundamental os livros na vida de uma pessoa. Germain é um homem que vive em frança e que tem grandes dificuldades a nível da leitura e pensamento. Parecendo no início grosseiro este homem vem a revelar-se ao longo do filme uma pessoa bastante bondosa, mesmo apesar de todos os problemas que tinha.
A meu ver, Germain uma das duas personagens principais está bastante bem construídas começando por parecer um pouco ignorante ele conhece Margueritte que o ensina a gostar de livros e a reflectir sobre os mesmos, germain inicia-se nesta jornada ouvindo mas acaba, com a ajuda da namorada e de Margueritte, por aprender a ler o que é uma grande vitória.
Margueritte, a grande companheira de leitura, é com ela que germain aprende e entende o verdadeiro significado de um livro, na minha opinião esta personagem está também bastante bem pensada, pois a escolha de uma pessoa de idade para ensinar a ler faz me pensar se a escolha do realizador não foi intencional, pois a idade representa sabedoria visto que uma pessoa de mais idade terá mais sabedoria do que uma pessoa jovem. Margueritte para alem de lhe ensinar a ler, transmite-lhe valores, tais como o amor e a amizade, valores que não lhe foram passados pela família nem pela escola.
No fundo achei que este filme tem uma história bastante interessante, a moral da historia transmite nos uma mensagem talvez de “não julgar um livro pela capa” ou seja nós por vezes pensamos que um livro só por ser grande ou por ter uma capa feia é desinteressante, neste filme passa-se o mesmo Germain que ninguém dava nada por ele com um pouco de amor e amizade veio a tornar-se uma pessoa muito melhor e mais inteligente. Para terminar recomendo a todos o visionamento deste filme.

Pedro Rodrigues 12ºB

Sofia Reis disse...

Um filme é uma forma de expressar a arte, de transmitir algo, não serve apenas para entreter um público, mas sim de o fazer refletir em relação a um certo tema.
Este filme de Jean Becker, com o título “La Tête en Frinche”, aborda o crescimento psicológico e literário de Germain Chaze, um homem simples, à primeira vista um pouco grosseiro devido à sua ignorância.
Germain depara-se, num espaço considerado um refugio para si, um jardim, onde conhece Margueritte, uma senhora de idade amável e muito sábia, ao contrário deste que era analfabeto.
Ao longo do enredo observamos que os laços familiares são muito importantes para o crescimento intelectual de uma pessoa, uma vez que observamos que Germain não tem grandes ligações com a sua mãe, sendo ele considerado por esta como um erro de percurso, maltratando-o, assim como o seu professor e colegas de escola, fazendo com que este não terminasse a escola.
No entanto, quando Margueritte faz com que as páginas de um livro se abram novamente para ele, este reencontra-se com o universo das letras abrindo assim os horizontes, onde o seu único limite é a própria vontade e determinação em aprender.
Assim Germain, que era gozado pela pouca sabedoria que possuía, após aumentar a sua intelectualidade com a ajuda de Margueritte, tornando-se num homem mais sábio e seguro de si mesmo, querendo sempre ler mais.
Concluindo, este filme transmite-nos uma mensagem educativa, que com esforço e dedicação, por mais difícil que seja a tarefa e por mais dificuldades que tenhamos, conseguimos dar a volta à situação, mudando-nos a nós mesmos, transcendendo o que consideramos os nossos limites.

Sofia Reis 12ºB

Anónimo disse...

Na Europa atual é difícil de acreditar na existência do analfabetismo, no entanto, despercebido e raro este persiste uma realidade quase inexplicável, visto, que a educação para além de assegurada é praticamente dada. Este filme, de uma forma muito simplista e tristemente real mostra como uma infância tumultuosa tornam um homem num iletrado com dificuldades em se relacionar com o mundo.
A base do enredo é a complexa história de Germain Chaze, um homem de meia idade, aparentemente rude e bruto, contudo, com um coração puramente bom que, foi toda a vida vítima de bullying, vivendo na sombra de inseguranças provenientes da uma infância carente de afeto maternal, de um modelo masculino e essencialmente de apoio.
A história ganha um novo rumo assim como a vida, previamente condenada, de Germain quando num banco de jardim este conhece Margueritte, uma senhora de 95 anos, culta, afável e vítima da idade que começava a tomar-lhe a visão, impedindo a de usufruir de um dos seus maiores prazeres - ler. Margaritte coloca Germain não só em contacto com os livros, mas também na estrada que é o conhecimento. Ambas as personagens carentes de certos sentimentos encontram um no outro um preenchimento, e Margaritte torna-se não só uma amiga, como uma professora e uma mãe.
A educação é imprescindível sem esta, sentimo-nos vazios, á margem dos outros, desorientados e insuficientes. E a meu ver, este é um dos importantes focos do filme – Germain não como um vândalo, mas como alguém que tem a necessidade de se sentir lembrado, escrevia constante e impulsivamente o seu nome na lápide dos mortos de guerra, como se apesar de vivo se considerasse como nada.
O filme, também reflete sobre o impacto que os livros têm no crescimento humano. Enquanto crianças, é através destes que vamos adquirindo vocabulário e percebendo um pouco de que é constituído o mundo. Assim, da mesma forma aconteceu com Germain que, com as leituras de Margaritte viaja e descobre o verdadeiro significado das coisas que o rodeiam, ganhando uma “sede” de conhecimento.

Sofia Ferreira 12ºB

Anónimo disse...

Os livros são bastante importantes para a vida de qualquer pessoa pois trazem conhecimento novo e vocabulário, muitas das vezes diferente do habitual, o que enriquece a cultura do leitor.
O enredo do filme "Minhas tardes com Margarida" relata a história de principalmente duas personagens: Germain, um homem de meia idade, gordo, de capacidades limitadas quanto à cultura, cuja mãe lhe fez bullying quando era criança e este desconhece o pai; e de Margueritte, uma doce idosa que vai servir de educadora a Germain, com quem este aprende a ler e a gostar das palavras.
Germain quer ler um livro que desconhece o nome e procura-o na biblioteca, tornando a cena cómica devido à falta de conhecimento do homem nas indicações que dá ao bibliotecário.
Filme onde os espaços públicos têm bastante importância para a vida de Germain, onde conhece Margueritte e aprende a ser bom ouvinte e mais tarde leitor...
Uma grande lição é aprendida com a visualização deste filme. A importância dos livros é imensa para qualquer pessoa pois é onde pode aprender tudo e qualquer coisa. Um problema que obteve uma solução graças a um acaso da vida e ao esforço de querer aprender. Um grande filme com um grande ator, Gérard Depardieu, que teve a capacidade de interpretar uma personagens tosca, com falta de estudos mas com um coração enorme, sem vacilar.
Este filme é uma ótima escolha para qualquer pessoa que se interesse por cultura, livros ou mesmo para uma pessoa desmotivado, sem vontade de aprender pois pode dar motivação para começar a ler e seguir os paços do ator principal do filme.


Bruno Bento
12 B N 4

Anónimo disse...

O filme “As minhas tardes com Margarida” aborda através de uma história cativante, temas da atualidade como as relações familiares, a amizade e ainda o poder que os livros exercem no crescimento e na aprendizagem do ser humano.
A personagem central deste enredo, Germain Chaze, um homem de meia idade, aparentemente rude e grosseiro, mas que acaba por se revelar uma pessoa com um bom coração. O facto de ter vivido uma infância difícil, em que lhe faltou o carinho da mãe e em que era ainda gozado pelo professor e os colegas, na escola, dificultou a sua aprendizagem, tornando-o numa pessoa oprimida e ignorante.
Contudo a vida de Germain sofre uma reviravolta, quando num banco de jardim, este conhece Margueritte, uma idosa muito culta, amável e apaixonada por livros. A partir dai nasce uma amizade entre dois, em que Margueritte encontra em Germain uma companhia para a sua solidão e consegue ainda despertar em Germain o gosto pelos livros e pela leitura bem como o interesse em aprender, adquirir conhecimento e alargar os seus horizontes.
Ao longo do filme, assistimos à mudança de Germain que no início era gozado pela sua falta de sabedoria mas que com a ajuda de Margueritte torna-se uma nova pessoa, muito mais seguro de si próprio, intelectual, culto e querendo sempre aprender mais.
Concluindo este é um filme que tem a capacidade de nos educar, mostrando nos que a arte tem o poder de nos transmitir uma mensagem. Revelando o impacto que os livros e a leitura podem causar na nossa vida e que por mais difícil que pareça todas as pessoas têm a capacidade de mudar.

Alexandra Barreto 12ºB

Anónimo disse...

Texto de apreciação crítica do filme "La téte en friche"

    Para muitos de nós é difícil imaginar que uma criança tão frágil e indefesa, como assim o deve ser, possa ser criada e educada em constante submissão ao que denominamos hoje de bullying, no entanto essa é uma realidade que já existiu, ainda existe e muito provavelmente vai continuar a existir.
    O filme "La téte en friche" dirigido por Jean Becker e baseado no livro do mesmo nome, de Marine-Sabine Roger, trata precisamente deste tema que tão bem sabemos que existe mas muitas muitas vezes esquecemos, o bullying ou os maus tratos. O filme é realizado em volta da história de um homem chamado Germain, que durante toda sua vida foi vítima de maus tratos, tanto por parte da mãe, como por parte dos amigos, colegas e até mesmo professores. Germain torna-se um homem amargurado e sofrido, com falta de confiança e cultura, com níveis de educação mínimos, no entanto com um grande coração, bondoso e caridoso, qualidades que acabam por ser uma defesa adquirida por Germain ao longo da sua vida. Mais tarde acaba por conhecer Margueritte, uma senhora de idade com uma grande sabedoria, cultura e gosto pela leitura, conhece-a num parque que ambos frequentam, cada um por suas razões. Será Margueritte que ensinará e ajudará este homem a superar alguns dos seus traumas, com a ajuda dos livros e do seu gosto pelo conhecimento.
Na minha opinião este é sim um filme que vale a pena ver com bastante atenção, pois retrata muito bem alguns problemas que são bastante atuais na na nossa sociedade como por exemplo a importância das ligações familiares, o bullying como já referido anteriormente e com especial destaque, a importância dos livros na aproximação das pessoas e no enriquecer da nossa cultura e vocabulário e na importância da nossa educação. Um dos pontos fortes deste filme é o personagem principal, Germain, ser interpretado por um prestigioso e talentoso ator  o Gérard Depardieu. No entanto nenhum filme é perfeito e este não é exceção existindo algumas cenas que ficam um pouco mal exploradas, como por exemplo quando um dos amigos de Germain abandona a mulher para estar com uma rapariga mais nova, por este facto é necessário que se veja o filme com muita atenção. O filme termina com a imagem de uma estrada que poderá representar a evolução do nosso conhecimento que tal como a estrada não tem fim, tem altos e baixos e vários caminhos pelos quais podemos optar, uma simbologia para os mais atentos.
O filme apresenta uma história com muito interesse é um final que pode exceder as expectativas de muitos. Portanto caro leitor, se procura um filme reflexivo, sentimental e que trata os livros e a importância do conhecimento como tema com grande destaque juntamente com o bullying e os laços familiares, aconselho sim a visualização deste filme.

Samuel Rodrigues
11°C

Anónimo disse...

O filme "As minhas tardes com Margarida", de Jean Becker, aborda o tema das relações familiares, de amizade e a importância dos livros no crescimento da vida pessoal. Os livros, de facto, são cada vez mais relevantes na nossa sociedade, tendo em conta que permitem a mudar de vida, a alargar novos horizontes, ter outro olhar sobre as coisas.
Germain, personagem principal, passeia diariamente num jardim tentando-se refugiar dos maus laços familiares causados pela mãe que o tratava com desprezo e dos menos bons laços de amizade criados com os amigos. A dado dia conhece ao acaso uma senhora, no jardim, que adorava ler livros e o homem fica curioso e vai despertando o interesse pela arte dos livros. Um dos pontos a favor do filme é a visão que dá ao espetador da evolução de Germain em quanto pessoa. No início vê-se um homem grosseiro, de pouco vocabulário mas à medida que convive com Margueritte, senhora que conhecera, e com os seus livros, ele vai ganhando mais competências e conhecimentos, estimulando o gosto pela cultura e pela leitura e vai ao mesmo tempo partilhando com as pessoas que o rodeiam. No final do enredo nota-se mais confiante, revelando-se uma pessoa mais instruída e segura de si.
Concluí-se que o filme junta duas pessoas com ideias opostas mas que por fim partilham o mesmo caminho, seguem a mesma estrada através dos livros.

Diogo Cristo 12°B n°9