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13 dezembro 2017

Cinema-apreciação crítica e guião de leitura

CINEMA NA HENRIQUES
Como prometido, fica o material de apoio à sessão 
 




2 comentários:

Anónimo disse...

Neste texto vou analisar o filme "As tardes com Margarida" (nome original: "La tête en friche") de Jean Becker.
Neste filme Germain Chaze (Gerárd Depardieu) um homem adulto que possui limitações a nível de formação, quase analfabeto, conhece Marguerett (Gisèle Casadesus) uma simpática idosa que adora ler.
Germain é um homem traumatizado pela infância que teve, o gozo dos professores, o riso dos colegas, os maus tratos da mãe e padrasto, a ausência de um verdadeiro pai, Marguerett surge como a mãe dedicada que nunca teve e este trata-a como tal.
Este filme trata o efeito da educação literária no desenvolvimento intelectual dos seres humanos como no caso de Germain, um homem que mal sabia ler até conhecer Marguerett que lhe mostrou o prazer de ler. A falta de instrução e o facto de ser um homem simples faz com que seja mais fácil introduzir-lhe novos ideais como o nome original do filme sugere, podendo ser traduzido como "Cabeça baldia", isto é uma metáfora para alguém com poucas ou nenhumas ideias próprias em quem é mais fácil "cultivar" as novas ideias.
Este filme também reflete sobre a complexidade das relações entre pessoas, neste caso entre uma mãe que não sabe demonstrar o seu amor e o seu filho, este é o caso de Germain e sua mãe, esta sempre o maltratou, humilhou-o e insultou-o, porem sempre o amou, quase em segredo, e Germain, apesar da forma como era tratado nunca se afastou dela, nunca arranjara casa própria e vivera numa rolote no seu quintal. Esta relação amor-ódio da mãe e a incapacidade de Germain de se afastar de alguém que sempre o tratara mal é deveras algo complicado de explicar e demonstra o quão complexas e imprevisíveis podem ser as relações humanas.
"As tardes com Margarida" é um filme que toca diversos assuntos sensíveis como os maus tratos, o bullying, e a existência de partes da população com graves faltas de instrução. Apesar de ser um filme com diversos temas sérios, a ingenuidade de Germain proporciona alguns momentos de comédia que aliviam o ambiente normalmente gerado por um filme que abranja este tipo de tópicos. Recomendo este filme, não tanto para a geração mais jovem, mas sim para a geração mais adulta, pois, apesar de não ser tão serio como alguns outros filmes sobre pobres relações familiares ou a falta de escolaridade, continua a possuir uma mensagem mais apelativa para gente mais velha e mais matura.


Bruno Fonseca

Anónimo disse...

Apreciação crítica do filme "La tête en friche"
O filme apresenta-nos Germain Chazes (interpretado por Gerárd Depardieu), um homem de meia idade, pouco instruído e entrando em niveis de analfabetismo. Germain teve um passado que lhe deixou uma cicatriz no seu coração. Nunca chegou a conhecer o seu pai, era vítima de maustratos por parte da sua mãe e as suas dificuldades não o ajudavam na escola, sendo que até o professor troçava dele em frente a turma. Ele vivia uma vida onde não se sentia contente consigo mesmo, e tinha consciencia de ter limitações no seu discernimento.
No entanto, tudo na sua vida mudou quando conheceu Margueritte (interpretado por Gisèle Casadesus), uma gentil idosa literata.
Através dos encontros com Margueritte no parque, Germain rapidamente descobre a beleza intelectual da literatura.
Este filme reflete profundamente na tristeza em que Germain vivia, e na mudança que se verificou após ser instruído por Margueritte. A relação que tinha com os seus amigos mudou completamente. Previamente, ele era alvo de gozo por parte deles, notadamente, Landremont, que aproveitava qualquer oportunidade para desprezar Germain. Após adquirir o gosto pela literatura, Germain demonstra uma maior auto-confiança, notável na sua postura e expressão. A familia tambem é criticada neste filme, evidenciando a relação que deve manter com qualquer individuo pertencente a ela. A figura maternal exemplar que este filme dá é Margueritte. Desde o inicio, foi atenciosa para com Germain e ensinou-lhe muito. Outra personagem que desempenha uma função similar é Annette, a sua companheira.
Ela assiste Germain no seu caminho para uma vida mais culta, permanecendo ao seu lado para o que ele precisar.
Ambas personagems são exemplos de como um familiar deveria agir, especialmente com alguém como Germain, que possui dificuldades.
O filme termina com uma imagem simbólica, e possivelmente, um resumo do próprio.
Uma estrada longa e reta, simbolizando o caminho que Germain percorreu durante toda a sua vida para chegar onde está agora, num momento de felicidade.

Leonardo 12ºB