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20 janeiro 2015

Cruzar Leituras


Para permitir à Helena e à Iovana prepararem a intervenção na COMUNIDADE DE LEITORES LINHAS CRUZADAS | LER+ JOVEM (as equipas de leitores da Henriques Nogueira  deste ano trabalham com o Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia), fica o documento que testemunha o encontro inaugural. O PPT tem uma música de fundo, mas não interfere com os vossos comentários.

Já agora, fica a informação de que, neste segundo encontro, teremos poesia de Sophia de Mello Breyner  (a escolha do leitores do Centro) e poemas de amor de Almeida Garrett, a par de leitura dramatizada (com fatos e tudo!) de cenas de FREI LUÍS DE SOUSA, do mesmo autor, a cargo de equipas de leitores do 11º A e E.












4 comentários:

Anónimo disse...

Análise do poema "Cansa sentir quando se pensa" de Fernando Pessoa

Recursos estilísticos presentes:
-Perífrase: "noite a madrugar"
-Adjetivação: "solidão imensa"
-Dupla Adjetivação: "momento insone e triste"

- Existe uma grande insistência no campo lexical da "noite", que pode ser considerada um espaço de guarnição de ideias e pensamentos.
De onde vai surgir o dia novo, a reposição de energias, como está evidenciado pelo uso de: "Noite antes do amanhecer"

No 1º verso -"Cansa sentir quando se pensa" está presente a temática pessoana do binómio sentir/pensar, a ideia de que o pensamento e o sentimento estão ligados. A dor de pensar é provocada pela intelectualização do sentir, quando pensamos muito no que estamos a sentir, deixamos de ter sensações e emoções puras, pois o pensar elimina o sentir, e cansa.

Neste poema a dor de pensar resulta também da ausência de respostas, que leva o sujeito poético a sentir-se só, numa "solidão imensa", simbolizada pela "noite", pelo "negro astral", pelo "silencio surdo", pelo "frio", pelo "negror sem fim" e pelo "silencio mudo"; o estado de espírito triste e solitário do poeta enquadra-se no ambiente noturno e silencioso que o poeta retrata.

O sujeito poético preocupa-se com o mistério da existência, para ele a vida é uma ilusão, como se verifica pelos versos: "(...) não sei quem hei-de ser / Pesa-me o informe real que existe". A ausência de respostas provoca a consciência da tragicidade da vida. Tal como se pode contrastar pelo último verso do poema, o poeta não pode viver sem a verdade, sem a obtenção de respostas.

Trabalho realizado por: Margarida M. e Carolina B. 12ºC

Anónimo disse...

Neste poema é-nos transmitida uma imagem, quase que como num quadro, que podemos visualizar na nossa mente, do soldado morto. Primeiro que tudo é apresentado o fundo, uma planicie abandonada e aquecida, o que se adequa á solidão do jovem moribundo. Estão presentes também duas balas, que representam a violencia, a guerra, ideas bastante importantes neste poema e que vão ser contrastadas com a vida.

Nesta estrofe vamos ter a descrição do estado do soldado. Esta estrofe vai tambem contribuir para a precepçao do estado deploravel que é causado pela guerra, simbolo da violencia maxima.
Raia-lhe a farda o sangue - ele esta a manchar a farda com o seu sangue, esta a esvair-se em sangue e ja não tem força no corpo, tem os braços estendidos. Puro, branco,loiro, sem sangue com um olhar morto, fraco, desfalecido com a vida a escapar-lhe pelos olhos enquanto ele olha fixamente para o ceu, sem esperança na alma.

O jovem soldado era conhecido como o menino de da sua mae o que vai reforcar a ideia de que ele era de alguém, que tem alguém que o ama e que com a sua morte prematura que é reforcada pelos versos " Tao jovem! que jovem era! / (Agora que idade tem?)" vai sofrer com tristeza e angustia por causa da sua morte.

Nesta estrofe, a cigarreira remete para a mãe do soldado o uso dos adjectivos "breve" "inteira e boa",vai transmitir que o soldado era novo, pois a cigarreira tendo sido breve e estando inteira e boa dá a ideia de que o soldado teria começado a fumar á pouco tempo.Enquanto que o lenço remete para a criada velha que o criou e vai colaborar para o aumento do drama. O lenço tão leve que está ligado a alguem que o criou está ali a roçar o chão e já não serve para nada devido ao falecimento do soldado.

Na ultima estrofe deste texto vai culminar todo o drama com a idea da esperança da mãe e da velha criada que ainda dizem "Que volte cedo, e bem!", desconhecendo a realidade da situação. Desde o verso da primeira estrofe "Jaz morto, e arrefece" para o deste final "Jaz morto, e apodrece" ha ,tal como em "Os Maias", uma descrição que apesar de semelhante apresenta uma diferença importante, que neste caso é uma gradação de um inicial estado de em que o jovem "arrefece" para um em que "apodrece".

Este poema apresenta um contraste entre as coisas externas que representam a vida como o lenço com amor da criada, a cigarreira com amor da sua mae assim como o seu nome "menino de sua mae" com a violencia externa representada pelas balas, o sangue e o vocabulario como arrefece e apodrece.

Trabalho realizado por: Beatriz Sabino;Pedro Soares;Samuel Vicente e Valter Quintino 12ºC

Noémia Santos disse...

Carolina e Margarida

Obrigada pela colaboração. Procedi a ligeiras correções (Ex. Têm "Tal como se pode contrastar", em vez de «constatar», ceio)e acrescentos. Vejam se concordam com a ênfase dada a «surdo» e «mudo». Se discordarem da leitura, digam e proponham.

ns

Noémia Santos disse...

Beatriz Sabino,Pedro Soares,Samuel Vicente e Valter Quintino

Obrigada pela vossa colaboração.

Não posso, todavia, deixar de mostrar o meu desagrado pela forma descuidada como o trabalho aqui foi trazido - com mais de 20 (!!) erros ortográficos e várias desatenções desnecessárias como dizer sempre "Esta estrofe", sem que o deítico remeta para qualquer antecedente.

Fiz alguns acrescentos ou substituições que registei a cinza. Se discordarem ou tiverem dúvidas, digam, pf.

Sugiro, pois, que para a próxima façam a vossa escrita coincidir com as ideias e não desmerecê-las.

ns