O último poema escrito por Almeida Garrett encontrado no espólio existente na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e dado a público em 1999.
Eu disse a Deus: – Que importa,
Senhor, à tua glória que sobre mim se feche a eterna porta
do túmulo, e não fique mais memória
deste verme de um dia na terra que o sumia?
(...)
Na imensa natureza
a voz do homem é nada.
Respondam ao seguinte, através de "Comentários"
- Quem é, a vosso ver, a personagem central de Frei Luís de Sousa?
- O que preocupa e aflige D. Madalena desde o início (afinal tem tudo para ser feliz...)?
- Se estivessem no lugar de Maria como acham que reagiriam?
- Há algum(a) culpado(a) na peça? Quem? Porquê?
- D. João de Portugal é: Um herói injustiçado e traído? Um fantasma que não deveria ter voltado? Um pobre diabo, patético e deslocado no tempo e no espaço?
13 comentários:
Caros alunos
Como vêem é fácil responderem através deste meio.
Boas respostas.
prof. Noémia S.
1- A nosso ver, a personagem principal é Madalena.
2- A doença da filha e o receio pelo regresso do seu primeiro marido.
3- Mal, reagiriamos da mesma forma, porque como ja tinha começado uma nova vida depois de tantos anos, não ia desfazer essa nova vida.
4- Consideramos não existirem verdadeiros culpados pela causa.
5- Achamos ser simplesmente um homem, que foi apanhado numa sucessão de acontecimentos, todos eles inseridos na profundidade humana.
André Moreira, João Guapo, David Bastos 11ºH (a sua adorada turma):P
1- A nosso ver a, a personagem central de Frei Luís de Sousa é Madalena.
2- O que aflige D.Madalena é o receio pelo regresso do marido.
3- Penso que reagiriamos mal , ou seja , depois de tanto tempo sem saber D. João não ia recomeçar a minha vida
4- Não consideramos que existam culpados.
5- D. João de Portugal é um fantasma que não deveria ter voltado visto que desapareceu,e voltou numa altura muito inconveniente,pois graças a isso,a vida de Maria e Madalena foi profundamente alterada,pois tiveram que mudar de residência para um sitio onde não queriam viver e alterar o seu dia-a-dia...para pior...
Turma 11ºH . Carlos , Diogo , Francisco.
1. D. João de Portugal, pois embora não esteja presente na maior parte da história, é constantemente evocado pelas personagens por meio de agouros e medos, e é ele que dá um fim à peça.
2. Preocupa-a a possibilidade que D. João esteja vivo.
3. Tendo em conta a época e as condições, iria pensar na minha vida, achar que tinha sido tudo uma ilusão, nunca mais ter os meus pais de volta, nada ser como antes, mais valia acabar com a minha vida em vez de ser a sociedade a acabar com ela, já que o meu nome estava manchado...
4. Não existe nenhum culpado visto que cada um segue o seu destino, sempre com medo do que há-de vir.
5. D. João de Portugal é "um herói injustiçado e traído" uma vez que foi para a guerra arriscar a vida pela Pátria e pelo que amava (família) e quando regressou, em vez de encontrar a sua esposa à espera, encontrou-a casada e com uma filha, com uma nova família; também podemos considerar que é "um pobre diabo, patético e deslocado no tempo e no espaço", uma vez que ele voltou e não sabia o que se passara na sua ausência, o quanto Dona Madalena tinha procurado e esperado e se mantivera fiel. Se ele estivesse a par do que se passava, não teria voltado para ver a esposa feliz; mas também o consideramos um "fantasma que não deveria ter voltado", na sequência do acima referido, e tendo em conta todos os sacrifícios que Dona Madalena fizera.
Ana Carolina, Nº1
Ana Catarina, Nº2
Cláudia, Nº6
11ºH
1. A nosso ver, a personagem central é Maria de Noronha. Ainda que possa ser considerada a mais ingénua e romântica das personagens, Maria assume, desde o princípio, um carácter curioso, extremamente maduro e revela uma noção de realidade relativamente às situações vividas inimaginável. Além disso, Maria de Noronha é, sem dúvida, a demonstração de pecado (subjectivo ou não) de D. Madalena e de Manuel presente na obra.
2. D.Madalena é, desde o princípio, descrita enquanto "senhora de aflições", isto porque revela um terrível medo de que D. João de Portugal, seu anterior marido dado como desaparecido em combate, apareça e destrua a sua família. Neste caso, se tal acontecesse, D.Madalena cairia na desgraça da desonra social, sendo que toda a sua família, em particular a sua filha, sofreria as consequências.
3. Segundo opiniões do grupo: ficaria revoltada; não imagino como reagiria, visto ser algo além de qualquer experiência por mim já vivida; ficaria completamente perdida e sem qualquer amparo.
4. Parece-nos que sim. Achamos que aquele que poderia ser considerado culpado é Frei Jorge, pois impede Telmo, a mando de D.João de Portugal, de contar a D.Madalena que afinal tudo aquilo não passou de um embuste, neste caso que D.João de Portugal estava morto e que o romeiro não passava de um impostor.
5. Neste caso, as opiniões divergem um pouco: tanto se considera "um fantasma que não deveria ter voltado" como um homem perdido com o único objectivo de reencontrar a sua amada, assim seria "um herói injustiçado e traído". Desta forma, achamos que o único consenso possível seria o de achar que tanto D.Madalena como D.João agiram como qualquer Homem reagiria perante, respectivamente, o desaparecimento do seu companheiro (seguir com a vida) e o cativeiro em combate (procurar a família, seu único alento em tempos de combate).
1.Dona Maria de Noronha pois no fundo é ela que pressente e quase sabe tudo o que vai acontecer, é ela que marca mais a história pois a maoir preocupaçao que se tem é o estado de D. Maria com o regresso de D. João de Portugal, pois é nela que se sente mais o sentimento de vergonha perante o seu aparecimento.
2.A possíbilidade de D.João de Portugal estar vivo, pois Dona Madalena teme pela sua filha e o que poderá ser causado na sua família se ele estiver vivo.
3.Eu penso que não reagiria de forma tão trágica, mas tendo em conta a diferença de época a reacção dela é justificavel pois apesar de perante a lei ela ser filha legítima de Dona Madalena de Vilhena e de D. Manuel de Sousa Coutinho para ela o "regresso" de D. João de Portugal torna-a uma filha bastarda de um casamento que não deveria ter acontecido.
4.Não há nenhum culpado na peça, mas se tivessemos de culpar alguém seria D. João de Portugal, porque ao dizer a Dona Madalena que está vivo foi egoísta pois assim provocou um sentimento de culpa a Dona Madalena por ter seguido a sua vida e por ter voltado a casar.
5.Um fantasma que não deveria ter voltado.Porque há memorias que devem permanecer apenas nesse estado. Por exemplo para Telmo Pais, D. João de Portugal era como um filho e apesar de sempre acreditar que ele estava vivo e de desejar o seu regresso quando o reencontrou preferiu que ele não tivesse voltado pois "desmoronou" uma família e ele já tinha "encontrado" em Dona Maria um amor maior do que alguma vez tinha tido por D. João e ao ver a mágoa que ela sentiu com o aparecimento dele preferiu que D. João nunca tivesse voltado.
1. A nosso ver, a personagem central de Frei Luís de Sousa é Dona Madalena pois a história gira em redor de si, através da incerteza da sobrevivencia ou não de D.João de Portugal (seu antigo marido), tendo refeito a sua vida com outro senhor, acabando por ter uma filha deste mesmo, D.Manuel de Sousa Coutinho.
2. Apesar de ser feliz, D.Madalena de Vilhena, sente-se receosa e aflita por temer o regresso de seu antigo e primeiro marido, D.João de Portugal, já que refez a sua vida com outro senhor, teme ter cometido um pecado.
3.Pensamos que não reagiriamos mal pois apesar de viver na incerteza de ter perdido o seu marido, mesmo esperando dez anos, esta estava em pleno direito de refazer sua vida, visto que D.João nunca mais regressara, até à altura, mesmo estando vivo nunca deu noticias. Portanto, a razão permaneceria sempre do lado desta senhora.
4. A ver do grupo, não existe nenhum culpado, mas, a única pessoa que deveria sentir culpa seria D.João de Portugal, pois poderia ter enviado noticias, e não as deu.
5.D.João de Portugal, em nossa opinião, não é injustiçado nem traído pois quem não deu qualquer tipo de sinal de que se encontrava vivo foi ele. Quanto a ser um fantasma que não deveria ter voltado, julgamos que não, pois, afinal, foi o grande e primeiro amor de D.Madalena, mas não deveria ter envergonhado D.Madalena, tendo-lhe estragado a vida no final, acabando por lhe falecer a filha e por ter ido parar a um convento, julgando ter cometido um pecado.
DANIELA, BEATRIZ E CATARINA
1- A personagem principal de Frei Luís de Sousa é Dona Madalena, uma vez que os acontecimentos da história, giram à volta do que lhe acontece. Ou seja, apesar do aparecimento de Dom João de Portugal e respectivo desencadeamento de tal acontecimento, Dona Madalena poderia ter mudado o seu destino se não tivesse casado com Manuel de Sousa, ficando sempre com a angutiosa dúvida da morte do seu primeiro marido.
Numa outra perspectiva, Dom João de Portugal pode ser considerado a personagem principal,visto que, se o seu destino tivesse sido a morte, o desenrolar da história teria sido completamente diferente.
Isto é, sem esta personagem, o principal acontecimento que "move" a história, e a faz, não aconteceria.
2- Desde o início do seu segundo casamento, Dona Madalena vive preocupada e aflita pelo possível regresso de Dom João de Portugal e possíveis consequência para com a sua filha, e até o sua dignidade social, visto estar numa época que valorizava o prestígio e as boas famílias.
3- Tendo em conta a época em que se densenrola esta história e as consequências de tal, é justificável o seu comportamento ( suicídio), visto que Maria ao se tornar bastarda, seria então martirizada pelo seu novo e desgraçoso "estatuto" .
4- Não existe nenhum culpado, pois todos eles sofrem com as atitudes e acções que tomaram ao longo da vida. Involuntariamente fizeram com que os seus actos e escolhas afectassem e tomassem o rumo ruinoso da sua vida.
5-Pensamos que D. João de Portugal é um fantasma que não deveria ter regressado, uma vez que ao fim aproximadamente 21 anos de ausência, o seu reaparecimento iria provocar desgraça na família que tinha deixado.
11ºE - Ana Carolina nº2; Cidália Miguel nº8 e Marisa Morais nº16
1- Na nossa opinião a personagem central da obra de Almeida Garrett é D. Maria sendo em torno da mesma que a acção se desenvolve, pois é a ela que todas as personagens tentam de toda a maneira proteger.
Por outro lado, podia-se considerar D. Madalena personagem principal pelo facto de ter sido o seu pecado a origem de todo o enredo, assim como D. João de Portugal que sempre estivera presente na memória das personagens e que aparecera no final para mudar toda a história.
2- Apeasr de D. Madalena ter tudo para ser feliz, D. João de Portugal continuava presente na sua memória, esta tinha receio de que o mesmo regressasse vivo, pois o aio Telmo não lhe permitia esquecer-se do pecado que cometera e de que mais tarde ou mais cedo ele poderia aparecer para concluir a sua promessa.
3- Tendo em conta a idade da personagem e a época em que se encontrava, no seu lugar, eu reagiria mal, mas conhecendo a personagem como conheço e tendo em conta também a sua maturidade tão diferente e rara para a sua idade eu tentaria de tudo para arranjar solução que não prejudicasse ninguém de modo a que os meus pais ficassem juntos.
4- Na nossa opinião se quisessemos arranjar um culpado poderiamos dizer que D. João de Portugal pelo seu regresso que veio destabilizar toda a acção, D. Madalena que cometeu o pecado de casar com D. Manuel ou até o pobre Telmo pelos seus agouros poderiam ser o culpado, mas na realidade esta questão não é relevante no sentido em que nenhuma das personagens poderia prever as consequências das suas acções.
5- D. João de Portugal como o próprio diz é ninguém, um homem que veio do "nada" após vinte anos desaparecido para reclamar uma vida que não era sua e cujo o único pecado foi amar uma mulher que amava outro homem e regressar para tentar reavê-la.
1. A nosso ver, a personagem principal é Dona Madalena de Vilhena.
2. O que preocupa e aflige D. Madalena, desde o início, era o medo de seu primeiro marido D. João de Portugal regressa-se, pois nunca esqueceu a carta escrita por D. João de Portugal e que lhe foi entregue pelo frei Jorge. Nessa mesma carta D. João de Portugal dizia, "Vivo ou morto, Madalena, hei-de ver-vos pelo menos ainda uma vez neste mundo". A vergonha que sentiria com a chegada de D. João de Portugal, visto que tinha casado novamente e que tinha tido uma filha do segundo casamento, tambem a atormentava bastante.
3. Se tivessemos no lugar de Maria, nós reagiriamos, por um lado, da mesma forma porque deve ser confuso para uma criança de 13 anos o facto de a mãe de um momento para o outro ter dois maridos, mas por outro talvez de uma forma mais calma e mais compreensiva. Se maria era uma criança inteligente devia ter facilidade em compreender a situação da mãe, ela não sabia que D. João de Portugal estava vivo logo tinha o direito de refazer a sua vida com outra pessoa. Talvez em reacção à forma como a sociedade iria olhar para a nossa familia se estivessemos no lugar de Maria seria a mesma que ela teve.
. A nosso ver não. Porque os diversos acontecimentos que ocorreram na vida desta família foram obra do destino, sem que ninguem podesse de alguma forma evitá-los.
5. Na nossa opinião D. João de Portugal, não era um herói injustiçado e traído, porque ninguém teve a culpa do que aconteceu, logo ninguém o traíu. Se ele queria voltar a ver Dona Madalena fez bem em ter voltado, até porque ele não sabia que ela tinha casado de novo. Um pobre diabo talvez sim, porque não viveu, agora está perdido e deslocado no tempo e no espaço porque parece que alguém ocupou o lugar dele agora que regreçou.
Vera
Rita
Marisa Loureiro
11ºE
Carlos, Diogo e Francisco
Ora essa... Então o desgraçado do D. João é que tem culpa do incêndio provocado por Manuel de Sousa??? Toca a ler decentemente, para não darem "barraca".
Carlos, Débora e Joana
D. Madalena espera sete anos, e não dez.
Já agora: como queriam que o desgraçado do homem desse notícias encarcerado nas piores condições, lá na África??? Reler a peça.
Carolina, Lisa e Rute
Não percebo a vossa resposta sobre o possível culpado. Creio que truncaram a informação. Reler e rever.
1. Quem é, a vosso ver, a personagem central de Frei Luís de Sousa?
A meu ver a personagem principal de Frei Luís de Sousa é o Romeiro. D.João de Portugal não está presente na totalidade nem na grande maioria da peça, mas o climax dá-se com a presença dele em cena. O facto de não aparecer em diálogo com as personagens não implica que não esteja «presente» na vida delas. Relembro aqui que D.Madalena sempre se sentiu culpada por ter casado com Manuel e ter tido uma filha ilegítima; visto que nunca foi encontrado o corpo de D.João. Este sentimento aumentou quando foi obrigada a mudar-se com a sua nova família para a casa do seu antigo marido – o retrato de Manuel que ardeu contribuiu para todos estes agouros. A história desenvolveu-se em redor do desaparecimento/morte de D.João e da sua aparição passados 21 anos.
2. O que preocupa e aflige D. Madalena desde o início (afinal tem tudo para ser feliz...)?
O que aflige D.Madalena desde o início é a morte incerta do seu primeiro marido.
3. Se estivessem no lugar de Maria como acham que reagiriam?
Se me remeter à época em que isto aconteceu, reagiria da mesma maneira que Maria. Afinal de contas sempre lhe esconderam que a sua mãe foi casada uma primeira vez e que o seu marido nunca foi encontrado morto – daí que não deveria assumir-se como viúva. O facto de D.João voltar e afirmar o seu amor por Madalena, faria com que esta fosse vista como uma mulher desonrada que traiu o marido, que não esperou pelo seu regresso (apesar de ter esperado os sete anos). Maria sentiu-se fruto de um amor proibido e seria vista como a filha que nasceu de um adultério.
4. Há algum(a) culpado(a) na peça? Quem? Porquê?
Creio que não haja um culpado definido. D.João não teve culpa de ter ficado em cativeiro durante e após a batalha assim como de ter voltado. D.Madalena não teve a culpa de ter casado com Manuel e ter tido D.Maria, pois ela esperou o regresso do seu marido durante sete anos. Apenas se deu como viúva – acreditou na morte dele – quando todas as provas apontavam para isso mesmo. Manuel casou com a mulher que amava, direito que tinha caso ambas as familias aprovassem. D.Maria não teve culpa de nascer de uma relação semi-proibida, ou considerada por eles semi-proibida. Telmo também não teve culpa porque apesar de amar D.João como filho, o seu coração foi conquistado pela personalidade de Maria, e com o tempo tudo se desvanece.
5. D. João de Portugal é: Um herói injustiçado e traído? Um fantasma que não deveria ter voltado? Um pobre diabo, patético e deslocado no tempo e no espaço?
Considero que D.João de Portugal é um herói injustiçado e traído. Tenho esta opinião porque na altura e ainda hoje, representar a nossa pátria e lutar por ela tem um grande significado. Ele foi combater para África pelo nosso país. E, quando regressa, depara-se com a uma mulher casada com outro homem, com uma filha de outro homem e o seu fiel amo, rendido à filha desse outro casamento. Ao praticar o bem por todos, recebeu o mal.
Patrícia Antunes 11ºA Nº18
Enviar um comentário