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23 novembro 2015

Jacinto - um D. Sebastião?

}Era um outro Jacinto para quem o campo já não era insignificante.

}Zé Fernandes percebeu que Jacinto não se contentava em ser o apreciador passivo dos encantos da natureza. Ele queria ter parte ativa, e surgiam-lhe grandes ideias:
- encher pastos
- construir currais perfeitos
- adquirir máquinas para produzir queijos...

Certo dia, ao percorrer as suas amplas terras, Jacinto conheceu o outro lado da serra: uma criança muito franzina viera pedir socorro para a mãe agonizante: “Esta gentinha é pobre!...Tomaram eles para pão, quanto mais para remédios!” (Silvério, cap. X)
}As decisões de Jacinto tomaram novo rumo: começou a preocupar-se com o lado triste da serra,  passou a intervir socialmente, a reconstruir casas, a ajudar vida dos «seus» trabalhadores – a sua preocupação é que nas suas terras não haja miséria.
}Mais tarde alarga o âmbito da intervenção e confessa que pretendia introduzir um pouco de civilização naqueles cantos tão rústicos.


1880. Considerado por muitos o primeiro filme - imagens em movimento (os americanos ainda designam os filmes por «motion pictures»)




}O povo da região começou a agradecer ao benfeitor e logo passou a circular a lenda que o senhor de Tormes era D. Sebastião que havia voltado para ressuscitar Portugal. 
Haverá aqui uma crítica ao providencialismo português?

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