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13 junho 2013

Não esquecer MENSAGEM

HORIZONTE

Ó mar anterior a nós, teus medos

Tinham coral e praias e arvoredos.

Desvendadas a noite e a cerração,

As tormentas passadas e o mistério,

Abria em flor o Longe, e o Sul sidério

'Splendia sobre as naus da iniciação.


Linha severa da longínqua costa –

Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta

Em árvores onde o Longe nada tinha;

Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:

E, no desembarcar, ha aves, flores,

Onde era só, de longe a abstracta linha.


O sonho é ver as fórmas invisíveis

Da distância imprecisa, e, com sensíveis

Movimentos da esp'rança e da vontade,

Buscar na linha fria do horizonte

A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte –

Os beijos merecidos da Verdade.



Está cá tudo o que é importante na Mensagem.



A descoberta do LONGE, o vencimento da distância,
a ultrapassagem do medo, do desconhecido, só é/foi
possível porque

O Herói (arquétipo do português)  é:
Consagrado a uma missão  
Agente de uma vontade transcendente e divina
Capaz de estar à altura, de ler os sinais e agir em conformidade:
Sente-se impelido/ é chamado
Planeia/ sonha/vence o medo 
Age: tem esperança e vontade

As figuras históricas que desfilam na Mensagem valem pelo ideal que representam: valentia, arrojo, previsão, fé, «loucura», sentido de missão…

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