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10 dezembro 2007

LIVROS

Começa hoje a divulgação das vossas críticas de livros e sugestões de leitura, no âmbito do Contrato de Leitura deste 1º período. A primeira refere-se a um dos livros mais conhecidas do escritor português
Ferreira de Castro, A SELVA, lido por alguns alunos do 12º E e do 12ºH.


O livro d' "A Selva". Já em crianças crescemos com "O Livro da Selva" de Rudyard Kipling, aquela bem conhecida história do menino criado por lobos que vive na selva e tem como amigos um urso e uma pantera; uma selva onde tudo floresce, tudo é verde e tudo é belo..."Alberto", de Ferreira de Castro, também vive n'"A Selva", mas esta em nada se iguala à de Mogli. Esta selva aprisiona, "desumaniza" e tal como Ferreira de Castro o diz: "Daquela bárbara grandiosidade e da sua estranha beleza, uma só forte impressão ficava: a inicial, que nunca mais se esquecia e nunca mais também se voltava a sentir plenamente. Solo de constantes parturejamentos, obstinado na ânsia de criar, a sua cabeleira, contemplada por fora, sugeria vida liberta num mundo virgem, ainda não tocado pelos conceitos humanos; vista por dentro, oprimia e fazia anelar a morte."

Nunca estive numa selva, mas tal é a profundidade na descrição de Ferreira de Castro da floresta amazónica que qualquer pessoa consegue formar a imagem das suas palavras. É notável o esforço de Ferreira de Castro em conseguir "mostrar" a Selva de forma "quase- imparcial", uma vez que não a adjectiva segundo os seus gostos (bonita, feia, são adjectivos que F. Castro nunca utiliza, pois não a caracterizam verdadeiramente), mas tenta caracterizá-la de acordo com as impressões do protagonista (Alberto). Isto faz com que nós, leitores, não nos sintamos excluídos e possamos, "construir" as nossas próprias impressões.

Um livro cujo contexto espacio-temporal em nada se assemelha ao meu e, possivelmente ao seu, mas ainda assim actual, pois impõe a questão da humanidade e da justiça: até que ponto somos influenciados por aquilo que nos rodeia? Será a "Justiça" apenas uma? É, sem dúvida, um livro meritório de apreço, pela sua história envolvente e, acima de tudo, pela forma como nos desperta e agita, não nos deixando passivos e indiferentes à realidade. Diria até o "must-read" número 502! [alusão ao livro apreciado em aula 501 MUST-READ BOOK]
Lisa Hartje Moura, 12º H

4 comentários:

Anónimo disse...

Segundo a perspectiva do nosso grupo o espectáculo foi deveras interessante, como todos os espectáculos teve aspectos negativos e positivos. Negativos, pois na opinião de alguns membros do grupo foi um pouco monótono em algumas situações.
Não houve diversidade de cenários e situações, mas isto deve-se ao facto de ser um monólogo, e um peça deste género é difícil de captar o interesse contínuo do público, pois temos de estar centrados numa só pessoa.
Por outro lado, também encontramos vários aspectos positivos, como a dinâmica em palco, a diversidade de poemas, a expressividade da actriz a interpretar os textos e o excelente trabalho de conseguir colocar em paralelo som e poesia.
O actor que fazia papel de Dj, também teve um papel importante, pois as suas expressões e maneira de estar foram importantes para o espectáculo.
Assim como as musicas que foram escolhidas para fazer parte do espectáculo, deram outro sentimento a peça e mais versatilidade.


Carlos Ferreira
Cidália Miguel
Joana Simões
Pedro Santos

Anónimo disse...

Somos alunas da escola secundária Henriques Nogueira e assistimos ao vosso espectáculo no auditório municipal em Torres Vedras.
Vimos por este meio felicitar o vosso trabalho e agradecer a vossa vinda à nossa cidade, Torres Vedras.
Como espectadoras aprovamos a vossa iniciativa e temos um grande reconhecimento por todos aqueles que fazem do teatro a sua vida.
Em primeiro lugar, temos a apontar o facto de ter sido um monólogo, pois torna a peça mais cansativa mas nem por isso menos interessante, sendo mais dinâmico a existência de uma outra personagem em palco, cuja interacção criaria um jogo de sedução, levando a um confronto entre poemas.
Talvez pelo tema abordado ter sido o amor, notou-se um maior interesse e entusiasmo por parte do público feminino, e por sua vez, uma inquietação e constrangimento da parte masculina.
Em segundo lugar, elogiamos a excelente memória e interpretação da actriz Cristina Paiva, que no nosso entender esteve muito bem, querendo também dar os parabéns ao restante elenco. Pelo espectáculo ter sido maioritariamente poesia estudada pelos alunos do secundário desperta um interesse pelo gosto da leitura e o gosto pelo teatro.
Incentivamos a criação de novos espectáculos com uma temática diferente e desse modo chegar a todas as faixas etárias.

12ºE

Noémia Santos disse...

Olá, 12º E

Li a cópia que me enviaram dos comentários que escreveram em aula relativos ao espectáculo teatral.
Já sei que a Companhia gostou de receber os vossos textos e que os vais publicar no seu "site".
Fico contente por ter dado a sugestâo e mais ainda por vocês terem correspondido.
Vou publicar na página central.

Noémia Santos disse...

Ao 12º E

Vou fazer as correcções para publicar. Vejam pois o texto corrigido e anotem, para não falharem para a próxima.