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30 maio 2022
Reflexões do Poeta (cont.)
REFLEXÕES DO POETA
(trabalhos de grupo)
1 comentário:
Anónimo
disse...
Gonçalo Fernandes, Inês Silvestre e Margarida Ribeiro - 10ºB Canto VII: Na estrofe 78, o poeta Luís Vaz de Camões, faz invocação às ninfas do Tejo e do Mondego, para o ajudar a terminar a sua obra. Na estrofe 83, no começo continua a invocar as Ninfas, até que a meio da estância (5ºverso) Camões aponta que não dará o favor a quem não o merece, “Dai-mos vós sós, que eu tenho já jurando / Que não o empregue em quem o não mereça”, realça ainda que não irá lisonjear ninguém por pena de não ser agradecido, “nem por lisonja louve algum subido, / Sob pena de não ser agradecido”. Na estância seguinte, o poeta critica intensamente quem antepõem os seus interesses aos do rei, “A quem ao bem comum e do seu Rei / Antepuser seu próprio interesse”, ainda comenta que não cantar a quem exorbita dos seus vícios através do poder e da fama, “nenhum ambicioso, que quisesse / Subir a grandes cargos, cantarei, / só por poder com torpes exercícios / usar mais largamente de seus vícios.” Na estrofe que se segue, o poeta prossegue com o mesmo tema, comparando-o a Proteu, guardador do gado de Neptuno, “E que, por comprazer ao vulgo errante / Se muda em mais figuras que Proteio”. Camões desvaloriza aqueles que servem o Rei, e que, por vezes roubam o povo, “Nem, Camenas, também cuides que cante (…) Por contentar o Rei, no ofício novo, / A despir e roubar o pobre povo.” Nas últimas estâncias, Camões acaba o canto criticando os nobres por se aproveitarem do trabalho excessivo do povo por razoes injustas, “Nem quem acha que é justo e que é direito (…) E não acha que é justo e bom respeito / Que se pague o suor da servil gente.” Finalmente, o poeta reconhece que só continuara a escrever sobre os que se aventuraram pelo seu Deus e Rei e ficaram conhecidos pelas suas obras, “Aqueles só direi, que aventuraram / Por seu Deus, por seu Rei, a amada vida / Onde, perdendo-a, em fama a dilataram, /Tão bem de suas obras merecidas”. Camões depois deste conto esta mais descansado para acabar a sua obra, “ Enquanto eu tomo alento, descansado, / Por tornar ao trabalho, mais folgado”.
1 comentário:
Gonçalo Fernandes, Inês Silvestre e Margarida Ribeiro - 10ºB
Canto VII:
Na estrofe 78, o poeta Luís Vaz de Camões, faz invocação às ninfas do Tejo e do Mondego, para o ajudar a terminar a sua obra.
Na estrofe 83, no começo continua a invocar as Ninfas, até que a meio da estância (5ºverso) Camões aponta que não dará o favor a quem não o merece, “Dai-mos vós sós, que eu tenho já jurando / Que não o empregue em quem o não mereça”, realça ainda que não irá lisonjear ninguém por pena de não ser agradecido, “nem por lisonja louve algum subido, / Sob pena de não ser agradecido”.
Na estância seguinte, o poeta critica intensamente quem antepõem os seus interesses aos do rei, “A quem ao bem comum e do seu Rei / Antepuser seu próprio interesse”, ainda comenta que não cantar a quem exorbita dos seus vícios através do poder e da fama, “nenhum ambicioso, que quisesse / Subir a grandes cargos, cantarei, / só por poder com torpes exercícios / usar mais largamente de seus vícios.”
Na estrofe que se segue, o poeta prossegue com o mesmo tema, comparando-o a Proteu, guardador do gado de Neptuno, “E que, por comprazer ao vulgo errante / Se muda em mais figuras que Proteio”. Camões desvaloriza aqueles que servem o Rei, e que, por vezes roubam o povo, “Nem, Camenas, também cuides que cante (…) Por contentar o Rei, no ofício novo, / A despir e roubar o pobre povo.”
Nas últimas estâncias, Camões acaba o canto criticando os nobres por se aproveitarem do trabalho excessivo do povo por razoes injustas, “Nem quem acha que é justo e que é direito (…) E não acha que é justo e bom respeito / Que se pague o suor da servil gente.”
Finalmente, o poeta reconhece que só continuara a escrever sobre os que se aventuraram pelo seu Deus e Rei e ficaram conhecidos pelas suas obras, “Aqueles só direi, que aventuraram / Por seu Deus, por seu Rei, a amada vida / Onde, perdendo-a, em fama a dilataram, /Tão bem de suas obras merecidas”. Camões depois deste conto esta mais descansado para acabar a sua obra, “ Enquanto eu tomo alento, descansado, / Por tornar ao trabalho, mais folgado”.
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