Muitos já resolveram esta prova, como sugeri. Para quem anda mais distraído, vamos a isso!
Não é das mais fáceis; por isso é importante: ler o poema 2-3 vezes, sublinhando e registando notas interpretativas; ler e reler as questões, sublinhando o que é pedido; não fugir do solicitado, procurando no texto as respostas, os sentidos; relembrar matéria dada em aula e tomar notas na folha de rascunho - mas só se tiver relevância para ESTE POEMA (simbologia da Ilha; Rei-Sebastianismo; utopia-não lugar...).
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AS ILHAS AFORTUNADASQue voz vem no som das ondas
Que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutamos, cala,
Por ter havido escutar.
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos,
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.
São ilhas afortunadas,
São terras sem ter lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando,
Cala a voz, e há só o mar.
Fernando Pessoa, Mensagem, Lisboa, Assírio & Alvim, 1997, p. 75
1. Refira a condição necessária à manifestação da voz e transcreva elementos do texto que justifiquem a sua resposta.
2. Explique o sentido dos dois últimos versos do poema.
3. Explique de que modo o conteúdo da última estrofe convoca o mito sebastianista.
2.
prova 639, 2ª fase, 2015-VER CRITÉRIOS DE CORREÇÃO/CENÁRIOS DE RESPOSTA
Créditos da imagens:
1 - http://www.graci.pt/a-ilha-imaginaria-de-caras-ionut-graci/
2 - www.ruigoncalvessilva.com
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