AS ILHAS AFORTUNADAS
Que voz vem no som das ondas
Que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutamos, cala,
Por ter havido escutar.
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos,
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.
São ilhas afortunadas,
São terras sem ter lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando,
Cala a voz, e há só o mar.
Fernando Pessoa, Mensagem, Lisboa, Assírio & Alvim, 1997, p. 75
Caros alunos
Espero que tenham ficado à vontade com o grupo I - A e B - alvo de revisão em maio e/ou nas aulas de apoio (quem foi...ganhou!). Também a redação tinha um tema muito interessante e o pedido estava claro e bem estabelecido.
Sei que a prova não foi das mais fáceis no grupo II e isso pode ter-vos deixado com algum desânimo. Enquanto aguardam, fica a correção.
ATENÇÃO: Esta é uma versão de trabalho, que em função das dúvidas colocadas pelos senhores corretores a nível nacional, terá daqui a alguns dias uma versão definitiva dos critérios, também publicada no IAVE - secção alunos e encarregados de educação.
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