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30 setembro 2014

O Tempo de Camões

Em 1521, Portugal vivia ainda da glória dos tempos dos descobrimentos. D. João III surgiu como o precursor de uma política expansionista.
Nesta época, o comércio era importante para o país; não havia indústria a agricultura passava por várias crises. Portugal viu-se obrigado a importar mercadorias de outros países, facto que conduziu ao défice da economia nacional. Apesar de todos os problemas que o país enfrentava, o luxo e a riqueza permaneciam na vida das cortes.
D. João III foi um rei renascentista que incentivou o mecenato e, como tal, trouxe para a corte muitos cientistas e artistas. Devido ao fanatismo religioso do rei, o ensino é entregue aos Jesuítas. Assim, com o decorrer dos tempos, Portugal foi perdendo cultores do Renascimento. A Inquisição também veio contribuir para o afastamento dos Humanistas no país.
Em 1540 chega à capital um jovem que frequentava em Coimbra o Colégio das Artes - procurava um emprego na corte. Esse jovem era Luís Vaz de Camões que viria a cantar “as armas e os barões assinalados” com o intuito de elevar a grandeza do povo luso e de fazer acordar os seus contemporâneos da letargia em que viviam.

Portugal apresenta-se como um “pobre gigante de pés de barro”. É um vasto império que está na eminência de se desfazer, tal como o barro.

Helena Anselmo e Polina Volontyr 12ºE
 
 
NOTA: falta indicar a fonte. As colegas darão, entretanto, a referência.

1 comentário:

Anónimo disse...

Em 1521, aquando do início do reinado de D. João III, Portugal vive ainda na euforia dos Descobrimentos. D. João continua uma política expansionistas, mas para tal faltam-lhe as estruturas necessárias. Neste tempo, a base da economia portuguesa é o comércio. Mas este pouco pode fazer pelo país, com a ausência de manufaturas que obriga Portugal à compra dos produtos, apenas fornecendo as matérias-primas; com a falta de desenvolvimento da agricultura, as crises agrícolas sucessivas e a dependência da prata para negociar com o Oriente. Tudo isto, leva Portugal a depender cada vez mais do comércio colonial e a um progressivo aumento do défice. Apesar disso, mantém-se o estilo de vida luxuoso e esbanjador.
Como príncipe renascentista e mecenas, D. João III, chama à sua corte as personalidades mais significativas do renascimento. E lança-se numa campanha reformista do ensino: instalando definitivamente a Universidade em Coimbra e fundando o Colégio das Artes.
Embora, mais tarde, a sua tendência mais religiosa leva-o a resolver a rivalidade entre a Universidade e o Colégio, depurando o corpo docente e entregando o ensino aos Jesuítas, em 1555. Isto e a Inquisição em Portugal fazem rarear os humanistas no país.
Nesta época, vivendo dos restos da grandeza, com uma corte em torno de um rei supostamente mecenático, Lisboa é o centro das atenções. Atraindo assim, Luís Vaz de Camões, que chega à capital em 1550, aliciado, como outros, para a possibilidade de conseguir um emprego na corte. Homem de ascendência vagamente nobre, mas de poucos recursos, que frequentara a Universidade de Coimbra e provavelmente o Colégio das Artes.
E foi toda a decadência que viu, em Lisboa, e depois viveu, mas também a tradição de heroísmo dos portugueses, que possivelmente o impulsionou a olhar o passado para com a glória de antigamente tentar despertar uma centelha de entusiasmo nos seus contemporâneos.

Beatriz Félix, n.º 8 do 12.º E.