A sociedade atual é afetada pela “tragédia da rotina”, situação que advém do normal funcionamento de um país. É comum ver que o dia a dia de um lisboeta, por exemplo, se resume à actividade profissional, esquecendo-se de bens culturais, espirituais e reflexivos, nomeadamente a importância da literatura. A maioria dos livros que esse lisboeta lê são livros da sua especialização, o que lhe permite adquirir um vasto conhecimento da sua área de trabalho. Resta questionar onde fica a restante literatura na vida desse indivíduo? A resposta é simples, não fica, porque segundo ele não tem tempo.
Ora, esta situação retrata o esquecimento da literatura. Contudo, é importante referir que a literatura constitui uma fonte de desenvolvimento humano e social, indispensável à formação de uma sociedade mais consciente.
Todavia, não é só neste sentido que devemos entender a literatura. A literatura é muito mais que um refúgio; é o meio de nos situarmos no mundo e na sociedade; é com ela que conseguimos perceber/ interpretar os problemas morais, éticos, políticos e, até mesmo económicos, gerando em nós uma atitude de insatisfação e rebeldia, sem esquecer que adquirimos ou enfatizamos o nosso olhar crítico, promovendo a procura de soluções que permitam alterar o mundo real no sentido de o aproximar do mundo imaginário. Além disso, aprendemos a compreender a nossa mente e a dos que nos rodeiam, as atitudes, os comportamentos e as mais diversas situações, tornando-nos mais compreensivos e solidários com o outro.
Assim, a literatura é uma mina de ideias novas e de conhecimento, que alimenta e promove o crescimento do ser humano enquanto pessoa e como ser social.
Cláudia Crispim, Joana Coutinho, Raquel Laranjeira, Rita Mariano. 12ºB