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29 maio 2024

O vendedor de futuros

 Depois de termos conversado e escrito sobre o Vendedor de passados, de José Eduardo Agualusa, imaginámos um 'vendedor de futuros'. 


Talvez eu entre no curso que quero. Ou não.
Talvez eu saia de casa cedo. Ou talvez saia tarde.
Talvez tenha sucesso no curso e seja regionalmente conhecido. Ou mundialmente conhecido.
Talvez percorra uma grande carreira profissional. Talvez seja só mais um operário.
Talvez venha a ser pai de muitos filhos. Ou poucos. Se calhar de nenhuns.
Talvez nem venha a ser pai, sequer.
Talvez venha a ser milionário, ou venha a viver modestamente. Se calhar até pobre.
Talvez faça uma descoberta importante para a humanidade.
Talvez decida viver na ignorância.
Talvez venha a inovar, ou a ficar pelo que já se faz.
Talvez experimente coisas novas. Ou talvez não experimente nada.
Talvez queira viajar pelo mundo fora, ou me renda ao território lusitano.
Talvez tenha muita saúde, no futuro. Ou talvez fique gravemente doente, quem sabe?
Talvez venha a rir ou a chorar muito.
Talvez viva pacificamente. Talvez viva cheio de problemas.
Talvez tenha grandes sonhos, ou viva com os pés na Terra.
Talvez fique marcado na história. Ou seja esquecido em um dia.
Talvez tenha muito para viver. Talvez tudo se acabe amanhã.
Talvez isto que escrevo não sirva para nada. Ou sirva.

Talvez, mas só talvez...
Se todos estes "talvez" se concretizassem, ou só metade...
Sempre poderia dizer, no fim da minha viagem,
Que vivi à minha maneira.

Ou não.


A. Martins

29 maio, 2024 11:24

 

2 comentários:

Anónimo disse...

Talvez eu entre no curso que quero. Ou não.
Talvez eu saia de casa cedo. Ou talvez saia tarde.
Talvez tenha sucesso no curso e seja regionalmente conhecido. Ou mundialmente conhecido.
Talvez percorra uma grande carreira profissional. Talvez seja só mais um operário.
Talvez venha a ser pai de muitos filhos. Ou poucos. Se calhar de nenhuns.
Talvez nem venha a ser pai, sequer.
Talvez venha a ser milionário, ou venha a viver modestamente. Se calhar até pobre.
Talvez faça uma descoberta impotante para a humanidade.
Talvez decida viver na ignorância.
Talvez venha a inovar, ou a ficar pelo que já se faz.
Talvez experimente coisas novas. Ou talvez não experimente nada.
Talvez queira viajar pelo mundo fora, ou me renda ao território lusitano.
Talvez tenha muita saúde, no futuro. Ou talvez fique gravemente doente, quem sabe?
Talvez venha a rir ou a chorar muito.
Talvez viva pacificamente. Talvez viva cheio de problemas.
Talvez tenha grandes sonhos, ou viva com os pés na Terra.
Talvez fique marcado na história. Ou seja esquecido em um dia.
Talvez tenha muito para viver. Talvez tudo se acabe amanhã.
Talvez isto que escrevo não sirva para nada. Ou sirva.

Talvez, mas só talvez...
Se todos estes "talvez" se concretizassem, ou só metade...
Sempre poderia dizer, no fim da minha viagem,
Que vivi à minha maneira.

Ou não.


A. Martins

Anónimo disse...

O meu país sabe a nada mais do que os outros.
Porções de terra presas
Por Ideologias,
Culturas,
Religiões,
Que levam ao conflito
Provando que não somos tão diferentes dos seres irracionais
Por quem temos tanto despeito
(A não ser que sejam bebés e/ou "fofos")


Estou farto desta palavra, odeio-a, não sou português, sou humano.