"Afonso Henriques", "Ascensão de Vasco da
Gama" e "As Ilhas Afortunadas"
A redação deste texto foi efetuada com o objetivo de servir
de apoio à apresentação oral do trabalho sobre a Mensagem, de Fernando Pessoa, relativamente aos poemas D. Afonso Henriques, Ascensão de Vasco da
Gama e As Ilhas Afortunadas, da
parte I, II e III respetivamente.
Na parte I temos o poema "D. Afonso Henriques" em que Fernando Pessoa
se dirige a este tratando-o como «pai» da Pátria dando graças às suas
conquistas relativas à Batalha de Ourique, em que os intervenientes foram os
portugueses e os Mouros (muçulmanos), como infiéis/inimigos. O poeta chama
ainda à atenção que agora é nosso dever seguir o seu exemplo e tomar conta do
país.
Quanto aos recursos expressivos temos nos versos “a bênção como espada/a espada como bênção” a presença de um quiasmo. Os símbolos em causa neste poema são a “espada” como coragem, bravura virtude e a ideia da fundação de Portugal. Este poema está relacionado com o episódio batalha de Ourique d’Os Lusíadas.
Quanto aos recursos expressivos temos nos versos “a bênção como espada/a espada como bênção” a presença de um quiasmo. Os símbolos em causa neste poema são a “espada” como coragem, bravura virtude e a ideia da fundação de Portugal. Este poema está relacionado com o episódio batalha de Ourique d’Os Lusíadas.
Na parte II encontramos o poema IX - "Ascensão de Vasco da Gama" em que estão frente a frente os
deuses e os gigantes da terra, uns e outros em «pasmo». O poema fala dos momentos após a
morte de Vasco da Gama, que é engrandecido pois é elevado aos céus,
libertando-se do corpo e tornando-se uma alma iluminada, sendo imortalizado. O navegador toma assim o mesmo destino dos Argonautas (1) que foram
elevados aos céus e transformados em constelações.
Neste poema os recursos expressivos presentes são a sinestesia (mistura de sensações) em " o rastro ruge em nuvens e clarões" e em "à luz de mil trovões", o hipérbato em “da névoa ondeando os véus” e a metonímia no verso “O céu abrir o abismo à alma do Argonauta”. Este poema também está relacionado com um episódio d’Os Lusíadas, A Ilha dos Amores.
Neste poema os recursos expressivos presentes são a sinestesia (mistura de sensações) em " o rastro ruge em nuvens e clarões" e em "à luz de mil trovões", o hipérbato em “da névoa ondeando os véus” e a metonímia no verso “O céu abrir o abismo à alma do Argonauta”. Este poema também está relacionado com um episódio d’Os Lusíadas, A Ilha dos Amores.
Na parte III situa-se o poema IV - "As Ilhas Afortunadas", que
são ilhas fictícias onde o povo português acredita que mora o rei D. Sebastião
devido ao seu mito e à esperança de que este um dia volte a Portugal. As Ilhas Afortunadas
surgem como um local fora do tempo e do espaço onde os mitos do Quinto Império,
do encoberto e do sebastianismo esperam para se concretizar.
Neste poema encontramos recursos expressivos tais como a metáfora no próprio título do poema “Ilhas Afortunadas”, o paradoxo no verso “Sem saber de ouvir ouvimos” e a antítese em “Mas que, se escutarmos, cala”. Este poema, tal como o poema anterior, também está relacionado com a Ilha dos Amores.
Neste poema encontramos recursos expressivos tais como a metáfora no próprio título do poema “Ilhas Afortunadas”, o paradoxo no verso “Sem saber de ouvir ouvimos” e a antítese em “Mas que, se escutarmos, cala”. Este poema, tal como o poema anterior, também está relacionado com a Ilha dos Amores.
Podemos então, depois desta análise dos poemas, generalizar a
ideia de uma relação entre os próprios poemas de Fernando Pessoa e a obra Os Lusíadas. Têm em comum a História de
Portugal, as conquistas, as guerras/batalhas, as viagens.
(1) Argonauta - na mitologia grega, tripulante lendário da nau Argo; segundo a lenda, os «argonautas» foram, por mar, à conquista do Velo de Ouro, tendo de vencer inúmeros obstáculos.
Por extensão do seu significado, refere-se a navegador corajoso, arrojado.
"argonauta", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/argonauta [consultado em 17-10-2017].
"argonauta", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/argonauta [consultado em 17-10-2017].
Igor Lemos e grupo
12ºA
(1) Argonauta - na mitologia grega, tripulante lendário da nau Argo; segundo a lenda, os «argonautas» foram, por mar, à conquista do Velo de Ouro, tendo de vencer inúmeros obstáculos.
Por extensão do seu significado, refere-se a navegador corajoso, arrojado.
1.
Tripulante lendário da nau Argo, na qual, segundo a lenda, os argonautas foram à conquista do Velo de Ouro.
2.
[Por extensão]
Navegante ousado.
3.
[Zoologia]
Molusco dos mares quentes, cuja fêmea fabrica um casulo branco calcário para abrigar a postura. (Comprimento de 60 cm; classe dos cefalópodes).
"argonauta", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/argonauta [consultado em 17-10-2017].
1.
Tripulante lendário da nau Argo, na qual, segundo a lenda, os argonautas foram à conquista do Velo de Ouro.
2.
[Por extensão]
Navegante ousado.
"argonauta", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/argonauta [consultado em 17-10-2017].
12ºA
1 comentário:
Atenção:
Como se disse na apresentação, este trabalho apresenta lacunas na clarificação do sentido do texto e, sobretudo, na análise da linguagem:
1- alguma desatenção à permanente referência aos sentidos da visão e da audição: tudo aqui é som e luz e essas sinestesias ajudam a entender o poema;
2 - a não explicitação do significado dos recursos que escolheram referir.
Também a clarificação dos significados, por exemplo, referentes a 'gigantes da terra" ou "Argonautas", não é feita.
Sei que os colegas vão procurar melhorar.
Entretanto também virá um outro trabalho sobre o mesmo poema, que complementará a informação.
Perguntem-me tudo o que não ficou claro.
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