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10 março 2016

"Felizmente há Luar!" - 1961

Felizmente há Luar!  
- um tempo histórico a conhecer, perceber -

A GUERRA 



“O filme tem a ver com coisas que me interessam, um país a agonizar no fascismo, mas nesse cenário algo que tem a ver com crescimento”, diz Ivo Ferreira, “o crescimento de um autor, de um pensador, alguém que caminha para ser melhor, como namorado, como marido, como pai” – foram as filhas do escritor, Maria José Lobo Antunes e Joana Lobo Antunes, que publicaram em 2007 a edição de D’este viver aqui neste papel descripto: Cartas da Guerra por vontade expressa da mãe de ambas que morreu em 2004.

“Embora eu não tenha tido qualquer experiência biográfica, família em África ou pai que foi para a guerra, a verdade é que a guerra vive comigo há uma vida, até pela opção política dos meus pais, pelo exílio”, continua o realizador. “E parece que continuamos com pudor em filmar isso. Eu próprio, quando miúdo, achava que aqueles homens tinham ido para a guerra porque eram pessoas más, quando afinal tinham sido empurrados. O que me interessa é saber como é que um país pode atirar os seus homens para uma situação que não faz sentido.” Ivo Ferreira
(fotografia do filme Cartas de Guerra)

“As cartas são a nossa estrela polar”(...). “Mas fomos buscar coisas aos primeiros livros [de Lobo Antunes, Memória de Elefante e Os Cus de Judas], porque há temas recorrentes. As cartas ajudam a estruturar a narrativa. Mas não é um filme com muita voz-off, e é uma voz colectiva. As cartas são um refúgio. Escreve-se pelo amor, é pelo amor que se sobrevive. As cartas de amor surgem aqui quando o presente não pode ser vivido.” Ivo Ferreira



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