Felizmente há Luar!
- um tempo histórico a conhecer, perceber -
A GUERRA
“O filme tem a ver com coisas que me interessam, um país a agonizar no
fascismo, mas nesse cenário algo que tem a ver com crescimento”, diz Ivo
Ferreira, “o crescimento de um autor, de um pensador, alguém que
caminha para ser melhor, como namorado, como marido, como pai” – foram
as filhas do escritor, Maria José Lobo Antunes e Joana Lobo Antunes, que
publicaram em 2007 a edição de D’este viver aqui neste papel descripto: Cartas da Guerra por vontade expressa da mãe de ambas que morreu em 2004.
“Embora eu não tenha tido qualquer experiência biográfica, família em África ou pai que foi para a guerra, a verdade é que a guerra vive comigo há uma vida, até pela opção política dos meus pais, pelo exílio”, continua o realizador. “E parece que continuamos com pudor em filmar isso. Eu próprio, quando miúdo, achava que aqueles homens tinham ido para a guerra porque eram pessoas más, quando afinal tinham sido empurrados. O que me interessa é saber como é que um país pode atirar os seus homens para uma situação que não faz sentido.” Ivo Ferreira
“Embora eu não tenha tido qualquer experiência biográfica, família em África ou pai que foi para a guerra, a verdade é que a guerra vive comigo há uma vida, até pela opção política dos meus pais, pelo exílio”, continua o realizador. “E parece que continuamos com pudor em filmar isso. Eu próprio, quando miúdo, achava que aqueles homens tinham ido para a guerra porque eram pessoas más, quando afinal tinham sido empurrados. O que me interessa é saber como é que um país pode atirar os seus homens para uma situação que não faz sentido.” Ivo Ferreira
(fotografia do filme Cartas de Guerra)
“As cartas são a nossa estrela polar”(...). “Mas fomos buscar coisas aos primeiros livros [de Lobo Antunes, Memória de Elefante e Os Cus de Judas], porque há temas recorrentes. As cartas ajudam a estruturar a narrativa. Mas não é um filme com muita voz-off, e é uma voz colectiva. As cartas são um refúgio. Escreve-se pelo amor, é pelo amor que se sobrevive. As cartas de amor surgem aqui quando o presente não pode ser vivido.” Ivo Ferreira
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