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18 dezembro 2015

Livros perigosos

Na discussão do livro 1984, os intervenientes defenderam que sem memória não existimos;
aqui fica, pois, um testemunho da apresentação e discussão de leituras escolhidas pelo 12ºA.

Atenção: muitos destes livros constituem um grave perigo para a saúde dos conformistas, 
dos indiferentes, dos egocêntricos, dos que «Vive[m] porque a vida dura»

A alegoria
- um mundo imaginário, para nos ajudar a pensar no mundo real -

«Não podemos abdicar do valor da liberdade!»
«Não podemos abdicar da memória: sem memória não existimos.» 
«A nossa liberdade ou a nossa escravidão começa no pensamento» 
- ideias defendidas pelos leitores, na discussão sobre o livro 1984

A Lenda e  a História 
- porque as coisas nem sempre são o que parecem... -
A ficção científica 
- maneiras presentes de pensar o futuro, que é uma das formas de repensar o presente - 

Alguns dos livros que lemos e discutimos

"O sistema era simples. Toda a gente compreendia. Os livros deviam ser queimados, juntamente com as casas onde estavam escondidos...
Guy Montag era um bombeiro cuja tarefa consistia em atear fogos, e gostava do seu trabalho. Era bombeiro há dez anos e nunca questionara o prazer das corridas à meia-noite nem a alegria de ver páginas consumidas pelas chamas... Nunca questionara nada até conhecer uma rapariga de dezassete anos que lhe falou de um passado em que as pessoas não tinham medo. E depois conheceu um professor que lhe falou de um futuro em que as pessoas podiam pensar. E Guy Montag apercebeu-se subitamente daquilo que tinha de fazer... b
De implicações assustadoras, a forma como reconhecemos o nosso mundo naquele que é retratado em Fahrenheit 451 é impressionante." (Plano Nacional de Leitura|Livro recomendado para o Ensino Secundário).


"Toda a história roda em torno do astronauta Mark Watney, que no meio do caos gerado por uma inesperada tempestade em Marte é deixado para trás no planeta vermelho, com os seus colegas de missão a julgarem-no morto e a partirem na única nave presente no planeta, a Hermes. Completamente sozinho no planeta, é graças ao apego ao pormenor e ao detalhe que consegue manter-se vivo, alimentado pela esperança de que um dia alguém o resgate; um dia, sim, porque uma missão a Marte demora meses a ser concluída, entre preparativos e a própria viagem. E a nave que o abandonou não pode simplesmente fazer inversão de marcha. Assim, para se manter vivo o máximo de tempo possível, Watney tem de preparar minuciosamente todos os passos dados, pois a mínima falha pode revelar-se fatal. (...)Improvisando com o que tem à mão, vai encontrando soluções para o seu dia a dia, mas, dado que se encontra num ambiente «hostil», são inúmeros os contratempos com que se depara.  (Ler artigo completo)


Baseado em documentos históricos genuínos e fundamentalmente no trabalho do historiador Augusto Mascarenhas Barreto (The Portuguese Columbus: Secret Agent of King John II, 1992, McMillan Edition), (...) O Codex 632 conta a história de uma investigação em torno da possibilidade de Cristóvão Colombo ser português, apoiando-se em lacunas do percurso do navegador cuja identidade e missão continuam a suscitar dúvidas.

"O Codex é a história dos Descobrimentos contada através do mistério da identidade do Colombo. Pode-se gostar ou não gostar, mas se se olhar de boa fé percebe-se que nunca a história dos Descobrimentos foi contada daquela maneira, quase detectivesca." José Rodrigues dos Santos (ler entrevista)


     -----------------------A História
 

"Muitas histórias correram sobre a humilde mulher que, em 1385, numa aldeia perto de Alcobaça, pôs a sua extrema força e valentia ao serviço da causa nacional, ajudando assim a assegurar a independência do reino, então seriamente ameaçada por Castela. 

É nos seus lendários feitos e peripécias, contados e acrescentados ao longo dos tempos, que se baseia este romance, onde as intrigas da corte e os tímidos passos da rainha- infanta D. Beatriz de Portugal se cruzam com os caminhos da prodigiosa padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, símbolo máximo da resiliência e bravura de todo um povo." 




"Um acontecimento real - as sucessivas mortes de pessoas provocadas por ataques de leões numa remota região do norte de Moçambique - é pretexto para Mia Couto escrever um surpreendente romance. Não tanto sobre leões e caçadas, mas sobre homens e mulheres vivendo em condições extremas."  ( Plano Nacional de Leitura, Livro recomendado)
 "(...) afigura-se subtil e inteligente o modo de empurrar o leitor para o verdadeiro tema deste romance, que não é a caça (essa “alucinada vertigem” que acontece nas “costas da razão”), nem o receio da força bruta animal ou a “gestão das coisas invisíveis”, mas a trágica e “infindável” guerra entre homens que sempre abusaram do seu poder e mulheres educadas para a renúncia."
José Mário Silva, Expresso




"Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico." (In Companhia das Letras)

"1984 oferece hoje uma descrição quase realista do vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as democracias capitalistas. A electrónica permite, pela primeira vez na história da humanidade, reunir nos mesmos instrumentos e nos mesmos gestos o trabalho e a fiscalização exercida sobre o trabalhador. O Big Brother já não é uma figura de estilo - converteu-se numa vulgaridade quotidiana." In Wook

(Plano Nacional de Leitura, Livro recomendado para o Ensino Secundário)


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