Total visualizações

08 maio 2013

FHL - PEÇA COMPLETA

Podes ver aqui uma versão cinematrográfica integral da peça.


2 comentários:

Anónimo disse...

Tenho de confessar que não achei este filme muito parecido com a obra, principalmente na personagem de Matilde. Matilde em "felizmente há luar" é uma mulher forte e com convicção, ela tem de ter força para enfrentar todos aqueles que se opõem a ela porque Matilde representa a resistência e a revolta contra um país que está enterrado numa horrível ditadura. Percebo que esteja com dor pela morte do marido mas neste filme, ao longo da peça mostra-se fraca, fala sempre em tom de receio, fala como falaria uma mulher inferior, não uma revolucionária. Isto tudo no meu ver, porque as pessoas poderão interpretar de um diferente modo, mesmo assim, não acho que tenha sido uma grande prestação da atriz.
Maria Pio

Anónimo disse...

fora da temática do F.H.L. coloco aqui o texto por mim produzido sobre Álvaro de Campos.
"O Modo como Álvaro de Campos perspectiva a relação entre o eu e os outros e entre o eu e a infância."
Apesar de Álvaro de Campos sentir uma grande atração pelo novo mundo e por todas as coisas novas, apesar de querer sentir tudo de todas as maneiras, ele não se sente parte desse mundo, não se sente parte dessa sociedade, não é como todos os outros e não o quer ser, nem se quer o conseguiria se quisesse. No poema “Na casa defronte de mim e dos meus sonhos” ele revela esse distanciamento entre a sua realidade e aquela dos seus vizinhos, as pessoas são felizes por não serem ele. Também no poema “Lisbon Revisited” dá a noção que tem do outro e da sociedade, revelando o seu desinteresse total em ser o homem quotidiano que faz o que a sociedade espera dele; não pede nada à sociedade e não espera que a ela lhe peça nada a ele.
Por outro lado, a infância é vista como tempo de brincadeira e de inconsciência recordada com nostalgia e saudade, em que todas as preocupações são inexistentes; daí que ele fuja para o passado em pensamento para evitar os problemas de adulto que tem, daí que saia de um presente onde se encontra desajustado para um passado onde tudo estava bem e problemas como a morte e o pensar estavam longe de ser imaginados.
Maria pio