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Foto The Observer
Canto VI d’Os Lusíadas
Logo nos primeiros quatro versos da estrofe 95 é esclarecida a motivação subjacente a esta reflexão: “Como deve o heroi alcançar a glória?”.
Luís Vaz de Camões começa por enumerar vários aspetos negativos fazendo uso do advérbio de negação “não”, repetindo-o 6 vezes ao longo das estrofes 95 e 96. O uso desta figura de estilo, a anáfora, constitui uma estratégia argumentativa levada a cabo pelo poeta a fim de clarificar as ações, regras e atitudes não dignas da fama. Camões revela a genealogia como um elemento insuficiente para alcançar o estatuto de heroi – “Não encostados sempre nos antigos/Troncos nobres de seus antecessores;” –, obstando a norma atual na época. Ainda, o acesso ao heroísmo é negado quando este é tomado pela via da ociosidade, do conforto e do bem-estar – “Não cos passeios moles e ouciosos,/Não cos vários deleites e infinitos,”.
A estrofe 97 introduz a conjunção adversativa - «mas», que contrapõe as críticas lançadas nas estâncias anteriores a novos exemplos do que deve ser feito para alcançar "honras próprias suas". O poeta releva ações marcadas pelo sofrimento, pelo esforço, pela coragem, pelas atividades bélicas e marinhas – “Vigiando e vestindo o forjado aço,/Sofrendo tempestades e ondas cruas,” –, as quais o escritor considera merecedoras da fama. Profere a advertência de que "as honras e o dinheiro" resultado da sorte («ventura») serão desprezados pelo verdadeiro heroi. Isto porque o sofrimento e o esforço fazem com que o Homem dê mais valor à vida e despreze as honras e a riqueza pelas quais não lutou – “Desprezador das honras e dinheiro,/Das honras e dinheiro que a ventura/Forjou, e não virtude justa e dura.”. As conquistas, que são do heroi por direito próprio, são conquistadas pela sua virtude – “Mas com buscar, co seu forçoso braço,/As honras que ele chame próprias suas;”.
Podemos extrair da estrofe 99 que um eventual heroi terá a recompensa pelo seu valor, graças à experiência dos perigos por que passou.
Emanuel Antunes 12ºA
Luís Gonçalo Gomes 12ºA
Logo nos primeiros quatro versos da estrofe 95 é esclarecida a motivação subjacente a esta reflexão: “Como deve o heroi alcançar a glória?”.
Luís Vaz de Camões começa por enumerar vários aspetos negativos fazendo uso do advérbio de negação “não”, repetindo-o 6 vezes ao longo das estrofes 95 e 96. O uso desta figura de estilo, a anáfora, constitui uma estratégia argumentativa levada a cabo pelo poeta a fim de clarificar as ações, regras e atitudes não dignas da fama. Camões revela a genealogia como um elemento insuficiente para alcançar o estatuto de heroi – “Não encostados sempre nos antigos/Troncos nobres de seus antecessores;” –, obstando a norma atual na época. Ainda, o acesso ao heroísmo é negado quando este é tomado pela via da ociosidade, do conforto e do bem-estar – “Não cos passeios moles e ouciosos,/Não cos vários deleites e infinitos,”.
A estrofe 97 introduz a conjunção adversativa - «mas», que contrapõe as críticas lançadas nas estâncias anteriores a novos exemplos do que deve ser feito para alcançar "honras próprias suas". O poeta releva ações marcadas pelo sofrimento, pelo esforço, pela coragem, pelas atividades bélicas e marinhas – “Vigiando e vestindo o forjado aço,/Sofrendo tempestades e ondas cruas,” –, as quais o escritor considera merecedoras da fama. Profere a advertência de que "as honras e o dinheiro" resultado da sorte («ventura») serão desprezados pelo verdadeiro heroi. Isto porque o sofrimento e o esforço fazem com que o Homem dê mais valor à vida e despreze as honras e a riqueza pelas quais não lutou – “Desprezador das honras e dinheiro,/Das honras e dinheiro que a ventura/Forjou, e não virtude justa e dura.”. As conquistas, que são do heroi por direito próprio, são conquistadas pela sua virtude – “Mas com buscar, co seu forçoso braço,/As honras que ele chame próprias suas;”.
Podemos extrair da estrofe 99 que um eventual heroi terá a recompensa pelo seu valor, graças à experiência dos perigos por que passou.
Emanuel Antunes 12ºA
Luís Gonçalo Gomes 12ºA
A reflexão do poeta baseia-se no poder que o dinheiro pode alcançar sobre o homem. A estrofe 96 inicia-se falando dos descobrimentos ("naus") que simbolizavam a fonte de riqueza daquela época; defende-se a ideia de que o dinheiro é inimigo tanto dos ricos como dos pobres, pois "a tudo nos obriga".
Na estrofe 98 do mesmo canto diz-se que o dinheiro trasforma amigos em traidores ("faz tredores e falsos os amigos"), corrompe pessoas de caráter nobre, mulheres ("corrompre virginais purezas") e, na guerra, promove a traição ("entrega Capitães aos inimigos"); corrompe a ciência, a moralidade e consciência.
Na estrofe 99, o poeta transmite a ideia de que o dinheiro altera a interpretação dos textos de acordo com a conveniência, tem interferência nas leis e favorece a mentira ("os perjúrios") e a tirania ("tiranos torna os reis"); até o clero("até os que só a Deus omnipotente/ Se dedicam").
Em síntese: o dinheiro «corrompe» e «ilude», de forma enganadora, pois é «encantador» e apresenta-se com cor/aspeto de «virtude».
Sebastião Pinheiro nº 19
Rui Mendonça nº 16