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09 julho 2010

Fernando Pessoa em toda a sua vida trabalhou com um objectivo: olhar para si, para olhar para todo o Mundo, de forma a compreendê-lo : “ Por isso, conheço-me inteiramente, e, através de conhecer-me inteiramente, conheço inteiramente a humanidade toda”.


De tudo o que Fernando Pessoa escreveu, uma longa e extensa obra, nos poemas que estudámos o poeta aborda muitas vezes os temas da liberdade, do coração, do sonho, da consciência/inconsciência e do pensamento. Em muitos dos seus poemas revela um desejo de liberdade, de ser livre, de não estar preso.

Traços característicos do desejo do poeta de se libertar são a solidão, a inquiteação, a angústia que demonstra nos seus poemas. O poeta revela-nos também a dor de pensar, o desejo que este tem para deixar de intelectualizar as emoções, pois quer permanecer ao nível do sensível para poder desfrutar dos momentos bons da imaginação, mas a constante intelectualização não lhe permite.

O poeta assim sente-se numa constante angústia pois não consegue deixar de raciocinar, sempre que começa a sentir, este automaticamente intelectualiza essa emoção tirando-lhe o prazer de se interiorizar nessa emoção, incapacibiliando-o de ser feliz.

Nos seus poemas o poeta revela o desejo de se libertar de si próprio: “Ter a tua alegre inconsciência, e a consciência disso!”.

Podemos então concluir que o poeta sente com a imaginação e não com o coração, e que não existe fingimento ao criar o poema, mas sim na racionalização dos sentimentos sentidos pelo sujeito poético.



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