Um contributo para a análise do poema "Contrariedades"
No poema "Contrariedades", o autor começa por descrever o sujeito poético "Eu hoje estou cruel, frenético, exigente" e posteriormente o outro, de forma cruel e real "Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes". No início retrata-a como um pobre esqueleto branco, o que irá contrastar com a sua opinião final. O sujeito poético justifica todo o seu azedume "Agora sinto-me eu cheio de raivas frias" com a rejeição por parte do jornal, do seu folhetim de versos. Mais tarde, quando a ouve a cantarolar, volta a cair em si e vê que o seu problema comparado com o daquela pobre rapariga não é nada. Aliás até porque o seu problema ainda pode ter solução, mais tarde ou em qualquer outro local os seus versos ainda podem vir a ser reconhecidos enquanto o problema daquela pobre menina, tísica, já não tem resolução possível e mesmo assim ela não desiste, não se deixa entristecer, muito pelo contrário uma vez que se encontra a cantarolar, suavemente, uma canção plangente. Assim, o sujeito poético começara por se centrar em si próprio e na sua situação mas finda a relativizar o seu problema, acabando por sair de si e ver que ao seu lado tem uma situação muito pior, e essa sim merece toda a preocupação uma vez que é incurável.
Um contributo para a análise do poema "Contrariedades"
ResponderEliminarNo poema "Contrariedades", o autor começa por descrever o sujeito poético "Eu hoje estou cruel, frenético, exigente" e posteriormente o outro, de forma cruel e real "Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes".
No início retrata-a como um pobre esqueleto branco, o que irá contrastar com a sua opinião final.
O sujeito poético justifica todo o seu azedume "Agora sinto-me eu cheio de raivas frias" com a rejeição por parte do jornal, do seu folhetim de versos.
Mais tarde, quando a ouve a cantarolar, volta a cair em si e vê que o seu problema comparado com o daquela pobre rapariga não é nada. Aliás até porque o seu problema ainda pode ter solução, mais tarde ou em qualquer outro local os seus versos ainda podem vir a ser reconhecidos enquanto o problema daquela pobre menina, tísica, já não tem resolução possível e mesmo assim ela não desiste, não se deixa entristecer, muito pelo contrário uma vez que se encontra a cantarolar, suavemente, uma canção plangente.
Assim, o sujeito poético começara por se centrar em si próprio e na sua situação mas finda a relativizar o seu problema, acabando por sair de si e ver que ao seu lado tem uma situação muito pior, e essa sim merece toda a preocupação uma vez que é incurável.