"Memórias de Branca Dias" foi escrito por Miguel Real, pseudónimo de Luís Martins, professor de filosofia e especialista em Cultura Portuguesa.
- O livro é um romance que é constituído por vários relatos da vida de Branca Dias.
- Os relatos descritos, devido à falta de informação deixada por Branca Dias, foram imaginados pelo autor, como aparece no início de cada capítulo "como o autor imaginou".
- Branca Dias nasceu a 1515 em Viana da Foz, no Minho, onde passou a sua infância.
- Branca Dias era judia e no século XVI - como devem saber - os judeus eram procurados pelo Santo Ofício e posteriormente presos e por vezes eram sujeitos aos autos-de-fé.
- Branca Dias foi considerada a primeira portuguesa a praticar "esnoga" (culto, na "sinagogoga") e é das primeiras "senhoras do engenho".
- Branca Dias casa-se muito cedo com Diogo Fernandes, com quem inicialmente teve sete filhos.
- Embarca para o Brasil com os sete filhos para ir viver com o marido, que entretanto tinha se deslocado para lá para trabalhar no engenho de açucar, e para fugir ao Santo Ofício, porque no Brasil não existia.
- No Brasil viveu em Camaragibe e Olinda onde teve mais 4 filhos.
- Depois de seu marido morrer Branca Dias assume a profissão do marido.
- Algum tempo depois morre-lhe o pai na prisão, ao ir com sua irmã e sua mãe ver o pai morto na prisão, a mãe e a irmã revoltam-se contra Branca Dias por não se ter emocionado ao ver o pai.
- Mais tarde a sua mãe e irmã denunciam-na ao Santo Ofício e Branca Dias é presa.
- Para descobrir o que se passou a seguir convido-vos a ler o livro.
O que mais sensibilizou foi a vontade viver, a força de vontade, a capacidade de ultrapassar os obstáculos da vida e seguir em frente que Branca Dias tinha. Há um relato no livro intitulado por "Quase" que descreve o que Branca Dias sentiu, é uma passagem que espero que vocês tenham a oportunidade de ler.